O Brasil está no ranking dos 10 maiores países em número de empreendedores, segundo pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2023, levantamento feito pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe ).
Os números impressionam, colocando o país com 90 milhões de empreendedores, dos quais 42 milhões são adultos, entre 18 e 64 anos, que já se dedicaram ao empreendedorismo e pretendem ter o seu próprio negócio nos próximos anos. Os restantes 48 milhões são pessoas que estão no caminho certo para ter um negócio nos próximos 3 anos.
Segundo o estudo, o sonho de ter o próprio negócio está em terceiro lugar entre os maiores sonhos das pessoas, atrás apenas dos desejos de “viajar pelo Brasil” e “ter casa própria”. Um ponto positivo da pesquisa revela que 65% das pessoas são próximas de alguém que já é empreendedor e que mais da metade delas acredita na sua capacidade de transformar uma ideia em produto ou serviço e colocá-la no mercado.
A pesquisa mostra também que o Brasil já possui a característica de empreendedorismo entre sua população, colocando-o entre os países com mais empreendedorismo no mundo. O relatório de 2023 do GEM concluiu que o Brasil perde apenas para a Índia, com 106 milhões de potenciais empreendedores. Vale lembrar que a proporção populacional entre o Brasil e a Índia é gigantesca, sendo que o segundo país tem 1,4 bilhão de habitantes.
Além da vontade de empreender, quem está disposto a embarcar na sua liberdade financeira montando o seu próprio negócio precisa ficar atento ao registro da marca do produto ou serviço. Para o advogado Frederico Cortez, da startup MyMarca – Propriedade Industrial e Intelectual
, “a grande maioria dos empresários não consegue registrar sua marca empresarial no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Com isso, fica para trás o ativo mais importante de uma empresa, que é a proteção e segurança jurídica de sua marca.”
O especialista em propriedade industrial alerta ainda que muitos negócios estão no mercado, posicionados, com clientela fixa, mas sem marca registrada no INPI. Dessa forma, outra pessoa ou empresa concorrente poderá registrar a marca que o empreendedor criou e, assim, “roubar” sua ideia criativa do nome do negócio ou do produto. O cofundador da MyMarca conclui que os empreendedores que não registram sua marca como primeiro passo na criação de seu negócio ficam vulneráveis e têm forte potencial de sofrer medida administrativa ou judicial por não possuírem uma marca exclusiva.
Para Cortez, o registro da marca no INPI garante exclusividade do nome nas redes sociais, principalmente no site e no Instagram, traz credibilidade ao cliente e garante posicionamento no mercado em que atua. O registro da marca pode ser feito tanto pelo CNPJ quanto pelo CPF. Segundo o especialista, um dos fatores que levam os empresários a não registrar suas marcas é a burocracia e os preços elevados. Isso foi fundamental para que a MyMarca entrasse em atividade em 2021, trazendo ao mercado uma solução com processo descomplicado, ágil e com preço único de R$ 1.500,00 por classe de produto ou serviço a ser registrado como marca no INPI.