Uma partida num ambiente de quase quatro mil metros é sempre difícil. É como um time carioca jogando no inverno finlandês. Ou um da Finlândia joga no verão carioca. Se alguém percebeu, até o árbitro – o argentino – demonstrou cansaço desde o início. O Flamengo estava 0 a 0 até os 54 minutos. Quando Bolívar marcou 1-0. A partir daí tudo se tornou possível, pois se o Rubro-Negro estiver cansado, o adversário, para o bem ou para o mal, precisa de mais um gol. A bola bate e volta. Mas não entrou. Um a zero para eles. Eles venceram, mas não aceitaram. A vaga pertence ao Flamengo. Secadores do Brasil: uni-vos. A pessoa que escreveu para você fez uma previsão errada – você quer saber? – propositalmente, para sofrer menos e aumentar a responsabilidade da classe. Rossi, o melhor em campo. Na cera e como goleiro.
Ao contrário do que se poderia imaginar, a pressão de Bolívar, no primeiro tempo, foi além do esperado, e as duas equipes acabaram com raras chances claras de gol, embora o mandante, mesmo por obrigação, tenha finalizado pelo menos três vezes. , principalmente de fora da área, para aproveitar a investida da bola. O Flamengo desperdiçou boa oportunidade, com Gérson, aos 17 minutos, e errou algumas vezes no último passe, embora seja difícil exigir perfeição em uma partida disputada em altitude, pela qualificação. Duas previsões para a segunda etapa. O pessimista: a pressão absurda que não existia antes do intervalo. O otimista: o visitante acerta uma bola na rede logo nos primeiros 10 minutos.
Flamengo sofre gol, mas mantém vantagem
O jogo voltou igual. E aconteceu o contrário. Aos seis, Ayrton Lucas, desmarcado, desperdiçou chance incrível. E Sávio, cujo JPA havia acertado a trave, abriu o placar aos nove, recebendo passe de outro brasileiro, Fábio Gomes, cabeceando para o lado oposto de Rossi: 1 a 0. Diante do desgaste, era hora de trocar de time, já que os homens de frente – em tese – não conseguiam mais nem segurar a bola, para matar o tempo ou fazer um passe.
Motivado, Bolívar passa a ter maior posse de bola e articula a possibilidade de fazer o segundo, enquanto o Flamengo aposta na manutenção do placar que ainda lhe é favorável, já que o tempo demora – e como – para passar.
Saem La Cruz e Carlinhos e entram David Luiz e Bruno Henrique. Falta um mínimo de organização e precisão para buscar o empate. O problema é que o time carioca acionou cem zagueiros e começou a marcar. Aos 36, Rossi segurou rebatida de Henry Vaca. A bola bate e volta. Aos 43, Anderson de Jesus segurou Bruno Henrique – que penetrava livremente – e foi expulso. Cinco minutos de acréscimo. Uma vida.
Mas acabou. Quando o árbitro pediu a bola, a alegria invadiu os corações. Que venha o Peñarol. Com Tite e tudo.
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