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As condições macroeconómicas surpreenderam no segundo trimestre, o que provocou uma forte alteração na taxa de câmbio. “Percebemos uma mudança material na forma como nós e o mercado como um todo temos visto as principais condições”, disse Mário Leão, CEO do banco Santander Brasil (SANB11). “Elevamos a estimativa da Selic de dezembro para 10,50%, ante a estimativa do início do ano de que os juros chegariam a mais de 9% em dezembro.”
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Além da subida das taxas de juro, a situação internacional agravou-se face ao primeiro trimestre, o que originou uma forte incerteza no dólar. “A taxa de câmbio variou 12% em um trimestre, o que é incomum”, disse ele. Segundo o gestor sênior, essa volatilidade não afetou apenas as operações comerciais externas do banco, mas também os balanços das maiores empresas de consumo, que possuem debêntures denominadas em outras moedas.
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No entanto, Leão diz estar otimista com as perspectivas para o segundo semestre. Ele disse acreditar que, “apesar do barulho causado por outras declarações” (leia-se “do presidente Lula”), a meta financeira estabelecida pelo governo será alcançada este ano. “O barulho não ajuda, mas acreditamos no cumprimento do propósito”.
Resultados
O banco relatou uma melhoria nos resultados do segundo trimestre. O lucro líquido subiu para R$ 3,3 bilhões, um aumento de 44,3% em relação ao mesmo período de 2023. A dívida devedora cresceu para R$ 665,6 bilhões, um aumento de 7,8%, e a provisão para devedores duvidosos (PDD) diminuiu para R$ 5,9 bilhão. , uma diminuição de 1,4% em termos homólogos.
Segundo Leão, o avanço se deve à melhoria dos resultados gerais. Disse: “O plano de diversificação do portfólio de negócios que iniciamos em 2022 está integrado e deve continuar a produzir bons resultados”.
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Apesar da melhora nos resultados, as ações encerraram a manhã estáveis em R$ 28,31. No início do pregão, os preços subiram 3%, mas voltaram aos níveis próximos ao final desta terça-feira (23). No acumulado do ano, até o fechamento de ontem, as ações do Santander (SANB11) caíram 8,9%.
Desempenho melhor que o retorno de 23,6% das ações do Bradesco (BBDC4), mas pior que a queda de 5,7% do Ibovespa e a valorização de 2,0% do Banco do Brasil (BBAS3) e de 5,9% do Itaú Unibanco (ITUB4). “Não estou satisfeito com o preço das ações. Não estou preocupado, mas também não estou feliz”, diz Leão, “acho que os preços deveriam subir por causa do nosso esforço.