No primeiro tempo do clássico contra o Arsenal o meio-campista do Manchester City Rodrigo, ele sentiu dores no joelho direito após disputa de espaço com Partey. O jogador espanhol foi substituído e, após realização de exames, foi constatada uma lesão no ligamento cruzado anterior, o que provavelmente o deixará de fora da temporada.
“A lesão do ligamento cruzado é uma ruptura ligamentar, comum em esportes que envolvem mudanças rápidas de direção, como o futebol, e requer um longo tempo de recuperação. Tende a acontecer após uma entorse de joelho, quando o corpo gira com o pé que está fixo no chão”, explica Gustavo Filoco de Rezende, fisioterapeuta esportivo associado à SONAFE Brasil – Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e Atividade Física.
“Nas lesões do LCA, o joelho afetado geralmente é o joelho de apoio. Quando falamos sobre este problema, é sempre importante olhar também para questões individuais para compreendê-lo melhor. Observar a saúde do jogador, sua alimentação, sono e saúde mental, e como está o calendário do seu clube e seleção, são alguns aspectos que ajudam a entender melhor essa lesão”, acrescenta Flávia Magalhães, médica do esporte com 20 anos de experiência no futebol. .
Rodri é hoje um dos jogadores mais fundamentais do Manchester City, sempre disputando um mínimo de 46 partidas por temporada desde que ingressou no elenco. Desde a última temporada, o City teve apenas 1 derrota em 52 jogos com Rodri em campo. Sem ele, o número sobe para 4 derrotas em 13 jogos. O clube ainda não se pronunciou sobre o assunto, porém, lesões desse tipo costumam exigir um período de recuperação de 6 a 10 meses.
Segundo especialistas, o tratamento geralmente começa com cirurgia, para reconstruir o ligamento com enxerto de tendão. Após o procedimento, eles se concentram no controle da dor e do inchaço. E então, trabalham o ganho de mobilidade articular, força muscular, treino de marcha e controle sensório-motor, que envolve condições neurais e coordenativas.
“Após a ocorrência da lesão, é importante iniciar o trabalho precocemente, procurando preservar o máximo possível de extensão e flexão do joelho para o procedimento cirúrgico, visando uma melhor resposta pós-operatória. O trabalho segue etapas de analgesia e envolve trabalho para manter a amplitude de movimento. Depois, progride para resistência de força e até atingir um mínimo de assimetria entre os membros”, explica a médica Flávia Magalhães.