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A moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil somou 43,17 milhões de toneladas na primeira quinzena de julho. Diminuiu 11% em relação ao ano passado, em meio às chuvas que atingiram parte da região, que afetaram a colheita, informou nesta quinta-feira (25) a Associação das Indústrias Exportadoras (Unica).
A produção de açúcar no maior produtor mundial atingiu 2,94 milhões de toneladas no período, uma queda anual de 9,7%, segundo a agência.
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Pouco antes da publicação dos dados, os contratos futuros de açúcar bruto já haviam caído cerca de 4% e mantinham a tendência de alta, sendo negociados a US$ 18,66 a libra-peso, por volta das 11h30 (horário de Brasília).
Segundo o diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, a redução observada na produção de cana-de-açúcar nos primeiros 15 dias de julho se deve às condições climáticas desfavoráveis para a colheita.
Ele citou “chuvas leves que afetaram o ritmo da moagem no Paraná, Mato Grosso do Sul e nas regiões de Assis, São Carlos e Piracicaba”, importantes regiões de São Paulo, principal produtor do país.
Em relação ao valor dos produtos brutos, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de julho atingiu 143,27 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, um aumento de 1,85% em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar da queda de duas semanas, na safra colhida desde 1º de abril, a produção de açúcar no Centro-Sul aumentou 10,37%, para 17,14 milhões de toneladas, com aumento de 8,7% na moagem de cana-de-açúcar.
A distribuição de cana para açúcar na safra colhida atingiu 48,92%, contra 48,17%, patamar abaixo do previsto pelo mercado.
Na véspera, a consultoria StoneX reduziu em cerca de 2 milhões de toneladas a previsão de produção de açúcar no ano 2024/25, citando um teor de açúcar inferior ao esperado, já que a demanda por etanol tem sido forte no mercado interno.
Rodrigues apontou ainda o clima desfavorável, que tem afectado a produção agrícola.
Na primeira quinzena de julho, a produção de etanol nas unidades Centro-Sul atingiu 2,13 bilhões de litros (-6,28%), sendo 1,29 bilhão de litros de etanol hidratado (-1,02%) e 835,53 milhões de litros de etanol anidro (-13,39%).
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No atual ciclo agrícola, a produção de biocombustíveis foi de 13,14 bilhões de litros (+9,73%), dos quais 8,35 bilhões foram de etanol hidratado (+21,83%) e 4,79 bilhões foram de anidro (-6,44%).