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Até o início do próximo ano é possível ter um pouco de experiência de Chapada Diamantina sem sair de São Paulo. Basta visitar o restaurante Notíciaslocalizado no centro da cidade.
No cenáculo do edifício histórico da República, o chef Onildo Rocha ele escolheu a Chapada Bahia como campeã da nova temporada “O Altar da Terra” do seu premiado restaurante. Desde 2021, ele explorou diversas regiões do Brasil em suas principais viagens, como o Rio São Francisco, a Amazônia e a Mata Atlântica. Com seu entendimento ímpar, o chef traduz a biodiversidade e as tradições culturais da região serrana da Bahia em pratos inovadores, como banana godô, abará e moqueca. A apresentação é de alta gastronomia, mas o sabor evoca o calor e a celebração brasileira.
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“Queríamos destacar essa formação rochosa que é tipicamente brasileira, pois só aqui se encontram chapadas. Os frutos desta altitude são muito ricos e têm muita história ancestral. Trouxemos a religião ver e acreditar deste lugar para o cardápio”, explica Onildo, que está determinado a preservar o conhecido conhecimento da Chapada Diamantina.
O ambiente do restaurante sente-se logo à entrada, onde as paredes neutras da zona de recepção são substituídas pelas cores vivas da sala, que ocupa apenas algumas mesas. Ao som de músicas brasileiras cuidadosamente escolhidas – a combinação perfeita de calma e emoção para acompanhar o jantar – os clientes logo percebem uma parte surpreendente do ambiente: o teto. O painel, que foi renovado a cada temporada, agora destaca a decoração baiana, com imagens de cactos e peixes comuns na região.
De quarta a sábado, somente à noite, o Notiê oferece três opções de menu degustação: cinco vezes (R$ 282 por pessoa), oito vezes (R$ 468) e 11 vezes (R$ 624). Todos começam da mesma forma: com uma festa carregar – uma religião baseada na África, exclusiva da Chapada Diamantina, fruto do sincretismo local. À mesa, a manteiga de banana à luz de velas é acompanhada de uma oferenda a São Cosme e Damião: caruru preparado com quiabo, camarão seco e azeite de dendê (à moda Onildo, com espuma de vatapá de dendê), servido com chips de tubérculos, mousse de amendoim . e cream cheese cortado.
Agora, uma sequência de pequenos clássicos da culinária baiana, para serem degustados com as próprias mãos: empanada de mandioca recheada com xinxim de frango, bolo de estudante com húmus de castanha de caju e torta de banana – tradicional guisado das minas de ouro do século XIX, embrulhado dentro. massa crocante com carne seca por cima. Abará, um clássico bolinho de feijão-fradinho, é coberto com gremolata de castanha do Pará e finalizado à mesa com nitrogênio líquido.
Dependendo da escolha do cardápio, é possível experimentar pratos como a refrescante palma, a doce moqueca de jaca e o tenro cordeiro com café demiglace, produzido no município de Piatã, na Chapada Diamantina. A especialidade é a “carne” de caju, espessa e untuosa, servida com molho de castanhas e coberta com ovas, que dão um toque de sal marinho.
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Foto de : Nani Rodrigues Abará
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Foto de : Nani Rodrigues Molho de banana com carne seca
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Foto de : Nani Rodrigues Palmito fatiado, com molho de tomate e vieira
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Foto de : Nani Rodrigues Lula com espaguete de mamão verde
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Foto de : Nani Rodrigues Sorvete de coco com coentro
Abará
Tal como na temporada passada, as sobremesas confeccionadas por um jovem chef Pedro Nóbrega maravilhe-se com sua coragem. Um sorvete de coco fresco com creme de limão, pimenta e coentros é um refresco inesperado e delicioso – e um aviso para quem não gosta de coentros: não sabe o que está a perder. O segundo prato delicioso é uma ode ao milho, servida em caldo quente e picante com erva-doce, acompanhada de sorvete de pipoca e cuscuz crocante. A forma perfeita de terminar uma refeição, como um abraço.
Para quem prefere misturar, a Chapada Diamantina também estará disponível em copos. Vinhos de Vinícola UVVAdo município de Mucugê, produzido a 1.150 metros de altitude na serra baiana, selecionado pela sommeliers Cássia Campos e Daniela Bravincriando ingredientes de alta qualidade. Dos espumantes brutos aos vinhos brancos e tintos, os rótulos não se limitam aos vinhos internacionais.
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