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O Ibovespa fechou em baixa nesta quarta-feira (25), após movimentação de risco nos mercados internacionais, com a fraqueza dos mercados norte-americanos e a queda do preço do petróleo, sem receber o apoio antecipado de partes da Vale e da Petrobras.
O índice da bolsa brasileira, Ibovespa, caiu 0,43%, aos 131.586,45 pontos, próximo da mínima de 131.489,09. Na sua escala foram 132.981,78 pontos, enquanto o capital durante o negócio foi de R$ 21,78 bilhões. O dólar local fechou com leve alta de 0,29%, cotado a R$ 5,4774. Porém, em setembro, a moeda acumulou queda de 2,82%.
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Nas primeiras transações do dia, o câmbio de São Paulo subiu, apoiado no número de preços inferiores às previsões dos economistas, mas não conseguiu manter o ímpeto, pois os representantes financeiros voltaram a mudar de posição.
O IPCA-15, divulgado nesta quarta-feira, antes da abertura do mercado, mostrou queda na inflação, com alta de 0,13% em setembro ante alta de 0,19% em agosto, segundo o IBGE. O resultado ficou abaixo das expectativas de um aumento de 0,30%, segundo pesquisa da Reuters.
“No curtíssimo prazo os dados de inflação são bons, apesar da alta, a inflação ainda está abaixo da meta, o que é bom, significa que esse ciclo de aperto não precisa ser forte ou duradouro”, disse Enrico. Cozzolino, chefe de análise da Levante Investimentos.
“Porém, ao longo do dia, depois de cumprido esse ponto, (a situação) é que ainda é um ciclo crescente, ainda é uma mudança de direção… E o mercado é fazer essas mudanças”, disse.
Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e S&P 500 terminaram o dia em queda, enquanto o Nasdaq se manteve relativamente estável, com os investidores à espera de novos dados económicos e sinais de redução das taxas de juro. O Dow Jones caiu 0,70% para 41.914,75 pontos. O S&P 500 perdeu 0,19%, para 5.722,26 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq teve variação positiva de 0,04%, aos 18.082,21 pontos.
No mercado obrigacionista, a rentabilidade dos títulos do Tesouro dos EUA a 10 anos era de 3,7925% no final da tarde, acima dos 3,736% do dia anterior.
NECESSIDADE
– VALE (VALE3) subiu 0,45%, em linha com a alta dos futuros do aço na China, que tratava do pacote abrangente da economia chinesa anunciado na véspera. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou o pregão do dia com alta de 4,19%, a 709 iuanes (US$ 101,02) por tonelada.
– PETROBRAS (PETR3) subiram 0,07%, enquanto as ações preferenciais (PETR4) subiram 0,73%, combatendo a queda dos preços do petróleo em outros países. Nesta quarta-feira, os analistas do JP Morgan elevaram as ações da estatal para sobreponderação, de neutras, e elevaram o preço-alvo de 43 para 49 reais, e o PN de 40,50 para 46,50.
– O PRIO (PRIO3) caiu 3,72%, seguindo a mesma direção dos preços do petróleo, o que fez com que o Brent stick parasse de ser negociado em 2,27%, a 73,46 dólares. As notícias sobre a petrolífera incluíram ainda o anúncio de que está em conversações com a chinesa Sinochem para adquirir uma participação no campo Peregrino. No setor, a BRAVA ENERGIA (BRAV3) perdeu 6,47%.
– ITAÚ UNIBANCO (ITUB4) subiu 1,26%, em um dia sem rumo comum neste setor, e BANCO DO BRASIL ON recuou 0,29%, enquanto SANTANDER BRASIL (SANB11) fechou com variação positiva de 0,1% e BRADESCO PN avançou 0,63%.
– BTG PACTUAL (BPAC11) fechou com alta de 0,46%. O banco de investimento anunciou na quarta-feira a aquisição de outra gestora norte-americana, a Greytown Advisors, que opera multi-family offices, dando continuidade à sua estratégia de expansão internacional.
– EMBRAER (EMBR3) aumentou 0,3%, contra as condições do andamento das negociações com a África do Sul sobre a possibilidade de venda de suas aeronaves C-390 Millennium para a África do Sul. Em comunicado divulgado na quarta-feira, a companhia aérea expressou confiança em chegar a um acordo.
– WEG (WEGE3) sobe 0,52%, marcando seu terceiro trimestre consecutivo de crescimento. A fabricante de eletrônicos anunciou nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado, que pretende investir cerca de 543 milhões de reais nos próximos dois anos em suas fábricas em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.
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