O Comitê Olímpico Canadense anunciou, na última quinta-feira, o afastamento da técnica Bev Priestman do comando da seleção canadense de futebol feminino. Ela já havia sido suspensa até o final das Olimpíadas pela federação de futebol do país. A decisão ocorre após investigações sobre o uso de drones pela seleção do país para espionar os treinos da Nova Zelândia, no início desta semana.
-À luz dessas novas revelações, o Canada Soccer tomou a decisão de suspender a técnica da seleção nacional feminina de futebol, Bev Priestman, pelo restante dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e até a conclusão de nossa revisão externa independente recentemente anunciada, disse Kevin Blue, CEO. da Federação Canadense.
Por conta disso, o auxiliar Andy Spence comandará o Canadá após a competição. O técnico não esteve presente na estreia da equipe, na última quinta-feira, a seleção canadense venceu a Nova Zelândia por 2 a 1. Horas depois do jogo, a federação anunciou que Priestman ficaria de fora do restante das Olimpíadas.
Na última quinta-feira, a crise ficou ainda maior, depois que uma reportagem da emissora TSN revelou que a prática de espionagem havia sido registrada pelas seleções masculina e feminina do país em competições nos últimos anos. Há até registros disso nas Olimpíadas de Tóquio, quando a seleção canadense conquistou o ouro
Além disso, a reportagem também revelou que durante as últimas eliminatórias de futebol masculino da Concacaf, a seleção de Honduras teve que interromper os treinos em Toronto, após um drone ter sido visto sobrevoando o local.
Caso de espionagem
No início desta semana, o Comitê Olímpico da Nova Zelândia informou à polícia francesa que um drone foi visto sobrevoando o local onde a seleção feminina de futebol do país treinava. Posteriormente, um membro do comitê técnico do Canadá foi identificado como o operador do dispositivo. O comité da Nova Zelândia apresentou então uma queixa formal ao Comité Olímpico Internacional (COI) e pediu-lhe que tomasse medidas.
Depois disso, a seleção canadense demitiu dois profissionais de sua comissão técnica, que foram detidos pela polícia francesa. O Comitê Olímpico do país enviou para casa o analista Joseph Lombardi, que operou o drone, e a assistente Jasmine Mander, a quem ele reportou. Além disso, a FIFA abriu processos disciplinares contra o Canadá e os profissionais envolvidos no caso.