Rubens Lopes, presidente da Ferj, em entrevista em canal do YouTube
O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, saiu em defesa de John Textor, do Botafogo. Em entrevista ao podcast “Mundo GV”, ele disse que o dono da SAF do clube merece ser ouvido devido às acusações de manipulação nas partidas do futebol brasileiro. Segundo ele, a imprensa e os gestores estão ‘ignorando’ sem se abrirem.
Ainda segundo Rubens, essa situação que vem afetando o esporte, principalmente o futebol, é um problema gravíssimo em todo o planeta. Afinal, a manipulação de um jogo por conta de apostas ou algo relacionado afeta diretamente o clube. Além disso, ainda há acusações de atletas, afastamento e até banimento do esporte.
“Esse problema para mim é muito sério. Essa bola levantada pelo João é uma coisa muito séria. Manipular resultados é uma coisa terrível e exige uma cruzada, uma reunião de forças de todas as instituições para ver se conseguimos conter esta onda que se espalha cada vez mais. Recentemente, tivemos uma ilegalidade como esta num jogo do sub-20 da terceira divisão. Um site de apostas… O primeiro tempo seria vencido por uma equipe por 2 a 0 e no segundo tempo terminaria em 4 a 2 para o adversário. E aconteceu. A reportagem do Sportradar chamou a atenção para esse viés de apostas, depois enviou o relatório bem detalhado e não deu nada. Que denunciem às autoridades e que investiguem”, relatou o presidente da Ferj.

Críticas ao STJD
Após denúncias feitas pelo empresário norte-americano, a Ferj contratou os serviços da Good Game!, empresa que forneceu os relatórios que servem de base para análise da documentação. E disse ainda que alguns outros clubes como Atlético Mineiro e Athletico Paranaense também demonstram interesse em utilizar a ferramenta para acompanhar decisões de arbitragem. Rubens acredita que John Textor não se expressou corretamente, principalmente pela forma como abordou o assunto.
O presidente da Ferj, ainda, criticou a forma como o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) atuou neste caso – alegando que as provas apresentadas por Textor eram “inúteis” e também pediu pena de seis anos e multa de R$ 2 milhões.
“Quando detectamos alguma coisa, tomamos alguma atitude para retirar a situação de jogo de todos os atletas que participaram daquela partida e encaminhar para as autoridades, MP, Polícia Civil, Delegacia de Fraudes, para o judiciário desportivo… Mas o judiciário desportivo não têm a capacidade de investigar que a polícia tem. E às vezes as decisões são tomadas com base em suposições, devido à falta de provas concretas. O que aconteceu com o João no STJD, acredito que foi algo que merecia ser revisto, porque acho que ele fugiu da esfera jurídica por uma questão pessoal”, disse.
Vale ressaltar que as investigações da CPI sobre Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas seguirão até o final deste ano. Desde 2020, foram 309 jogos com suspeita de manipulação – destes, 109 já foram analisados.
Acompanhe nosso conteúdo nas redes sociais: Twitter, Instagram e Facebook
.