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A prensagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil na safra 2025/26 (abril/março) foi estimada nesta sexta-feira (27) em 593,2 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,2% em relação ao ciclo atual. A redução está relacionada ao tempo seco em 2024, ao efeito das queimadas na área que será colhida no próximo ano e também à baixa produção no antigo canavial, disse a consultoria StoneX.
Será a segunda queda consecutiva na colheita na maior região produtora de cana-de-açúcar do mundo, já que a temporada 2024/25 deverá registar uma queda de 6,4% face ao recorde de 654,4 milhões de toneladas registado em 2023/24.
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“As perspetivas iniciais para 2025/26 ainda se encontram numa zona de incerteza, com maior necessidade de chuvas a partir de outubro, uma vez que o centro-sul sofre graves carências de água desde novembro de 2023”, afirmou a StoneX no relatório, citando. o clima que afetou a colheita atual.
A StoneX disse ainda que a colheita de cana-de-açúcar no centro-sul, que responde por cerca de 90% da produção dos maiores produtores mundiais de açúcar, deverá cair devido a uma área menor colhida de 1,2%, para 7,61 milhões de hectares. .
“O principal fator para 2025/26 continuará a ser os incêndios, cujos impactos estimados na área canavieira variam muito entre o setor”, disse StoneX. O especialista disse ainda que a área tende a conviver com “canavial antigo, o que por si só pode prejudicar o TCH (tonelada de cana por hectare)”.
Com o açúcar apresentando ganhos maiores que o etanol, o Centro-Sul deverá levar 51% da cana para a produção de açúcar em 25/26, ante 48,4% no ciclo anterior, segundo o relatório. Assim, a produção de açúcar aumentará 2,5%, para 40,6 milhões de toneladas, disse StoneX, afirmando que em 2024/25 haverá uma queda de 6,7% face ao relatório do ciclo anterior.
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“A prática de adição de açúcar continua sendo mais rentável para as usinas.” O açúcar bruto negociado na bolsa ICE está sendo negociado na maior alta em sete meses em meio a preocupações com a colheita do Brasil, que controla cerca de 70% das exportações globais.
A produção de etanol de cana-de-açúcar no Centro-Sul em 2025/26 foi estimada em 24 bilhões de litros, uma queda de 7,6%, devido à disponibilidade de matéria-prima. A produção de etanol de milho no centro-sul em 2025/26 foi prevista em 9 bilhões de litros, um aumento de 12,5%, com aumento da capacidade industrial. Esse volume de produção reflete o consumo de 20,9 milhões de toneladas de grãos.
A participação do etanol de milho no mercado total de biocombustíveis aumentará em 2025/26 para 27,3%, ante 23,5% na atual temporada.
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