O Polícia Federal
(PF) prendeu 14 pessoas nesta quarta-feira (28) no âmbito da operação Operação Concierge
que olha para um organização
criminal
suspeito de ter movimentado R$ 7,5 bilhões em crimes
contra o sistema financeiro e a lavagem de dinheiro.
De acordo com investigação
o gangue
criou dois bancos digitais – o Inovepay
e o Banco T10
– sem autorização do Banco Central (Bacen) para cometer fraudes financeiras.
No total, os agentes cumpriram dez mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas. Até o início da tarde, sete dos 10 mandados de prisão preventiva e todos os mandados de prisão temporária haviam sido cumpridos.
Os alvos são 57 pessoas físicas e jurídicas de São Paulo, São Caetano do Sul, Osasco, Barueri, Santana do Parnaíba, Embu-Guaçu, Jundiaí, Valinhos, Paulínia, Campinas, Americana, Sorocaba, Votorantim, Ilhabela e Belo Horizonte (MG) .
Além dos mandados, a polícia também solicitou o bloqueio de R$ 850 milhões em contas ligadas à organização criminosa, e a Justiça autorizou a suspensão das atividades de 194 empresas utilizadas pelo grupo criminoso para disfarçar transações irregulares.
No total, 200 agentes federais estiveram envolvidos na operação. O material apreendido foi encaminhado à sede da PF em Campinas. As sedes de bancos digitais irregulares e instituições administradoras de cartões de crédito também foram alvo de mandados de busca e apreensão. A Receita Federal aplicou sanções fiscais às pessoas jurídicas investigadas.
O esquema
Segundo a investigação, os bancos digitais, chamados de “fintechs”, tinham contas em bancos tradicionais e ofereciam contas clandestinas que autorizavam transações ‘invisíveis’ dentro do sistema bancário oficial, a fim de favorecer os interesses de empresas com dívidas trabalhistas e tributárias, facções criminosas ou pessoas protegidas por ordens de bloqueio, apreensão e rastreamento.
Segundo a PF, a movimentação de R$ 7,5 bilhões permitiu um “padrão de vida luxuoso aos envolvidos”.
“A conta garantida oferecia o serviço de livre movimentação financeira sem perigo de bloqueios judiciais. A conta garantida também servia como blindagem patrimonial, garantindo a invisibilidade do cliente perante o Sistema Financeiro Nacional. tem R$ 254 milhões em dívidas registradas como dívida ativa da União”, afirmou a Receita, que também participou da operação.
Ao longo da investigação, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) denunciou a fraude ao Ministério Público Federal (MPF). Além das contas bancárias tradicionais, o grupo também utilizou máquinas de cartão de crédito em nome de empresas de fachada, o que configura crime de lavagem de dinheiro.
A PF informou que, durante a investigação, identificou todos os envolvidos de alguma forma em fraudes financeiras, seja no apoio logístico, financeiro ou operacional.
Os alvos responderão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, operação de instituição financeira não autorizada, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema tributário e organização criminosa.
O nome “Concierge” refere-se à palavra francesa que se refere a um profissional que atende necessidades específicas do cliente e alude à prestação de serviços proibidos para ocultação de capital.
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