Eitan ABRAMOVICH
O Flamengo não conseguiu superar o empate em 0 a 0 com o Peñarol nesta quinta-feira (26), em Montevidéu, pelo jogo de volta das quartas de final da Libertadores e com esse resultado a seleção uruguaia avançou às semifinais do torneio continental onde enfrentará outro carioca, o Botafogo.
No jogo de ida, na semana passada, no Maracanã, o time aurinegra havia vencido por 1 a 0.
Na partida de volta, no lotado estádio Campeón del Siglo, a força defensiva do Peñarol prevaleceu e conseguiu frear o ímpeto do time rubro-negro, que saiu da Libertadores antes do esperado.
Com os uruguaios Arrascaeta e Nicolás de la Cruz comandando o meio-campo, atacando alternadamente pelas duas pontas, através de Gérson e do equatoriano Gonzalo Plata, e com um muito ágil Bruno Henrique, o Flamengo teve claro domínio durante todo o primeiro tempo.
Muito mais do que fizeram no Rio. E o Peñarol ficou ainda mais atrás no Campeón del Siglo do que no Maracanã: no primeiro tempo nunca conseguiu recuperar a bola e mantê-la em posse. E não alterar nenhuma jogada de ataque.
Quem tinha a obrigação de atacar era o Flamengo, do técnico Tite. O time carioca conseguiu, mas encontrou novamente – como havia acontecido no primeiro jogo – uma barreira na ótima atuação do goleiro Washington Aguerre, mais seguro que a defesa, que apresentava fragilidades ao ser atacada.
– Peñarol resiste –
O primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0 e a previsão era de um segundo tempo com domínio ainda maior do time rubro-negro. E foi isso que aconteceu.
Tite colocou todas as suas fichas em campo: Wesley na lateral e o artilheiro Gabigol, ausente do primeiro jogo por lesão.
O Flamengo atacava sem parar, mas a insistência não se traduzia em gol, nem mesmo em jogadas muito perigosas.
Na ausência do futebol que mostrou no Rio, o Peñarol entregou energia e força, empurrado incessantemente por sua fiel torcida e sob a liderança em campo de Damián García e do incansável Eduardo Darias.
A seleção uruguaia foi totalmente dominada pelo craque do Flamengo e desistiu de atacar, preferindo fechar até o apito final.
Os minutos passaram e a torcida uruguaia cantou cada vez mais alto. Aguerre voltou a salvar a sua equipa, evitando que Gabigol marcasse aos 88 minutos.
O apito final do argentino Facundo Tello premiou o time que se mostrou mais guerreiro e levou a torcida ao frenesi.
O Peñarol não avançava às semifinais desde 2011, quando também chegou à final sob o comando de Diego Aguirre, na qual acabou perdendo para o Santos de Neymar por 2 a 1.