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O conjunto de dúvidas que fez com que o Banco Central interrompesse o processo de redução da moeda continua em vigor, para evitar queda da taxa nesta semana, analisou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.
Em entrevista à Reuters nesta sexta-feira (29), à margem da reunião de líderes financeiros do G20, no Rio de Janeiro, Mello disse que as taxas de juros do país estão acima do considerado economicamente neutro.
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No entanto, disse que o ambiente não melhorou significativamente desde Junho, quando o Banco Central manteve a taxa directora económica em 10,50%.
A opinião de Mello vai ao encontro da avaliação consistente do BC sobre o difícil ambiente interno e externo, que contrasta com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que critica o nível de juros e o comportamento da política monetária.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu interromper seu ciclo de corte da Selic após sete reduções consecutivas que reduziram a taxa básica em 3,25% a partir de agosto de 2023. Grupo que se reunirá novamente nos dias 30 e 31 de julho.
“O que o Copom fez na última reunião foi que por causa dessa incerteza crescente – que obviamente cria expectativas locais e afeta o preço de outras commodities, como a taxa de câmbio – foi optar por interromper e esperar, manter essa taxa de juros”, disse Mello.
“O que vejo é que esse grupo de dúvidas ainda está aí”, acrescentou.
Desde a última reunião do Copom, o dólar subiu quase 7% em relação à cotação de 5,30 considerada pelo Banco Central em suas estimativas, o que pressiona a inflação.
O VIAJANTE
Outra incerteza vivida pelo BC, a interrupção nas isenções de imposto de renda de pessoas jurídicas e municipais tem impacto suficiente para comprometer o plano do governo de atender ao déficit primário neste ano, disse Mello. Ele observou que o departamento continua a apoiar o Congresso na avaliação de medidas de compensação.
“Obviamente, continuaremos as negociações para tentar criar uma saída, mas sabemos que estes custos fiscais tiveram um impacto significativo este ano, o que dificulta a execução do orçamento anual que pretendemos alcançar perto do orçamento”, disse. .
O Supremo Tribunal deu até 11 de setembro para o governo e o Congresso aprovarem medidas de compensação. Caso contrário, o benefício poderá perder eficácia.
Para o autor, a decisão judicial precisará ser seguida mesmo que haja compensação parcial dos custos das medidas.
“Queremos equilibrar o Orçamento este ano, temos estes problemas, uma grande quantidade de dinheiro que esperávamos, ainda não resolvemos, pretendemos resolver isso em breve”, disse.
“Portanto, estamos oferecendo serviços através da entrega de mercadorias para superar essas dúvidas e criar um ambiente que no futuro combinará a oportunidade para você iniciar a queda nas taxas de juros”, disse.
IMPOSTO DOMÉSTICO
Um dos responsáveis pelas negociações relacionadas à tributação dos muito ricos, Mello comemorou o resultado da reunião de lideranças financeiras do G20, que terminou com a publicação de uma declaração conjunta e declaração de acordo sobre tributação, uma palestra sobre a produção brasileira. procurando maneiras de tributar os muito ricos.
Admitiu que há um “longo caminho” para implementar o plano, que é visto com oposição pelos países mais ricos, apesar de concordar com a opinião geral nos documentos do G20.
“A questão da tributação dos muito ricos é uma das questões que ainda está em discussão”, disse ele, argumentando que as eleições nos EUA não deveriam correr o risco de a questão ser bloqueada.
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“A mudança de governo pode dificultar a velocidade do progresso destes programas, mas não impedirá que discussões e acordos sérios ocorram nas circunstâncias certas.”