Nesta terça-feira (30), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciará um decreto bloqueando e limitando o Orçamento, totalizando R$ 15 bilhões em cortes. O Ministério do Planejamento explicará quais carteiras serão afetadas pelo bloqueio de R$ 11,2 bilhões e pelo contingenciamento de R$ 3,8 bilhões.
Os principais cortes ocorrerão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nas emendas parlamentares e nos ministérios, sendo os cortes proporcionais ao orçamento de cada secretaria, segundo o jornalista Lauro Jardim em seu blog para o jornal O Globo.
Áreas com poucos recursos, como os Direitos Humanos, não serão afetadas, e o Meio Ambiente também continuará sem grandes impactos.
A decisão de realizar o bloqueio foi tomada no dia 18 de julho pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que explicou a necessidade de tomar essas medidas para cumprir a regra de gastos prevista no marco fiscal e evitar uma nova crise com o mercado financeiro. .
“A Receita fez um ótimo panorama do que aconteceu nesses 6 meses. O mesmo aconteceu com a [Ministério do] Planejamento, no que diz respeito às despesas. E teremos que conter R$ 15 bilhões para manter o ritmo de cumprimento do marco fiscal até o final do ano”, comentou na ocasião.
As ministras Simone Tebet (MDB-MS), do Planejamento, e Esther Dweck, da Gestão, também participaram da decisão. Desde a semana passada, Lula recebeu relatórios para tomar a decisão final sobre como seriam realizados esses bloqueios e contingências.
O que são bloqueio e contingência?
Bloquear e limitar o orçamento público são medidas adotadas pelo governo para controlar as despesas públicas e garantir o equilíbrio fiscal. O bloqueio orçamentário é uma medida preventiva que restringe temporariamente a execução de determinadas despesas previstas no orçamento.
Isto significa que os recursos atribuídos a determinadas áreas ou projectos não podem ser utilizados até que o bloqueio seja levantado. O objetivo do bloqueio é evitar gastos descontrolados e garantir que os recursos sejam utilizados de acordo com a disponibilidade de receitas.
A contingência orçamentária é uma medida mais restritiva, onde o governo efetivamente limita a utilização de parte dos recursos orçamentários, reduzindo ou adiando despesas planejadas para ajustar as contas públicas em momentos de crise fiscal ou queda de receitas.
A contingência pode ser vista como uma forma de garantir que o governo não gaste mais do que arrecada, preservando a sustentabilidade das finanças públicas no longo prazo.
Ambos os mecanismos são utilizados para manter a responsabilidade fiscal e evitar défices orçamentais excessivos, mas podem ter impactos nos serviços públicos e nos investimentos, dependendo da extensão e duração das restrições impostas.
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