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O Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve, Alimentar) manteve a taxa diretora de 5,25% para 5,50% pela oitava vez consecutiva. Assim, as taxas de juro norte-americanas mantêm-se no nível mais elevado dos últimos 23 anos, desde julho de 2023, quando as autoridades monetárias interromperam o aperto da taxa, iniciado em março de 2022.
Porém, o comunicado que acompanha o anúncio da decisão nesta quarta-feira (31) abriu a possibilidade de começar a reduzir o custo dos empréstimos nos EUA na próxima reunião, em setembro. A Fed indicou que poderá agir novamente quando a inflação dos preços no consumidor atingir a meta de 2% e o mercado de trabalho mostrar sinais de arrefecimento.
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“Houve algum progresso em direção ao objetivo de 2% (inflação) do Comitê”, disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed em comunicado ao final de uma reunião de política monetária de dois dias. Embora os responsáveis da Fed estejam receosos de quaisquer acções que possam prejudicar a condução da política monetária, o declínio constante da inflação nos últimos meses levou a um acordo generalizado de que a luta contra a inflação está prestes a terminar.
Relativamente ao mercado de trabalho, a Fed alterou a sua avaliação da criação de emprego de “continua forte” para “moderada” num comunicado. Com isto, o Fed voltou a mudar a sua linguagem, dizendo que está atento à inflação, dizendo agora que está “prestando atenção aos dois lados da ordem” (inflação e emprego).
O corte em setembro está chegando
Para José Maria Silva, coordenador de distribuição da Avenue, o anúncio trouxe algumas mudanças importantes. “O importante foi o momento em que o Fed mudou a visão de que ‘a inflação continua alta’ para ‘a inflação ainda está alta’”, enfatiza.
O especialista chama ainda a atenção para o facto de a Fed ter alterado a sua comunicação quando diz que “tem sempre em conta os riscos da inflação”, agora diz que “sempre tem em conta os riscos relacionados com a segunda ordem (inflação e trabalho)”. Para o coordenador da Avenue, ambas as mudanças indicam um tom suave (“pomba”) por parte do Fed.
Na explicação, o Morgan Stanley analisa que o comunicado do Fed mostra o corte em setembro porque mostrou uma mudança importante no teste da inflação e do mercado de trabalho, o que destaca os perigos de segunda ordem. “A ênfase no esfriamento do mercado de trabalho foi uma mudança importante no volume equilibrado e achamos que isso prepara o Fed para reduzir os juros em setembro”, afirma.
No mercado futuro, a probabilidade de corte de 0,25% na taxa de juros pelo Fed em setembro subiu de 89,6% antes do anúncio da decisão nesta quarta-feira (31), para 93,5% logo depois.
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Agora, os investidores aguardam os comentários do presidente do Fed, Jerônimo Powellem conferência de imprensa a partir das 15h30.
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