“Isso é comum no Brasil e 75% de todo esse serviço está nas mãos deles”, disse o influenciador Hana Khalil
, que abriu um debate para questionar a economia do cuidado que torna o cotidiano cada vez mais desgastante com as tarefas domésticas: “As mulheres são responsáveis pelo trabalho não remunerado”, declara. Afinal, além das exigências de suas profissões, muitas delas, principalmente as mães, continuam com suas rotinas, acumulando outras tarefas quando estão dentro de suas casas.
Segundo a Oxfam (Comitê de Oxford para o Alívio da Fome), eles realizam 3/4 do trabalho de cuidado não remunerado do mundo, ou seja, cerca de 12,5 bilhões de horas todos os dias. “Isso é comum no Brasil e 75% de todo esse serviço está nas mãos deles. Na minha família, minha mãe e minha avó fizeram isso. Se não lavassem a roupa, ninguém teria roupa limpa”, diz ela.
A influenciadora analisa as cobranças que as mulheres de sua família tinham quando ela ainda era criança: “Quem cuidava da rotina, dava banho nela, levava na escola, fazia a lição de casa, cuidava do volumoso e do chato e massivo parte da família? Foram eles”, declara ela.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) define trabalho não remunerado como o tempo não remunerado despendido na realização de tarefas domésticas e inclui: cuidar de crianças, idosos ou outros membros da família, cozinhar, limpar, lavar roupa, comprar utensílios domésticos e outras atividades .
De acordo com estudos, se as mulheres em todo o mundo recebessem um salário mínimo para cumprir estas exigências, teriam contribuído com aproximadamente 10,9 biliões de dólares para a economia global.
Hana ressalta que toda essa pressão para coordenação da família e dedicação a tais atividades pode causar complicações na saúde da mulher. A sobrecarga, por exemplo, pode levá-los a abandonar os sonhos profissionais. Contrariando esta realidade, a influenciadora fala sobre o movimento “Trad Wives”:
“Nos Estados Unidos, ‘Trad Wives’ é uma abreviatura de ‘esposas tradicionais’ ou esposas tradicionais, que escolheram – hoje em dia, porque antes não teriam outra escolha – viver para servir suas famílias e isso é tudo.” O pensamento desse movimento restringe-se basicamente à dedicação exclusiva às funções familiares, fazendo com que as esposas se afastem de seus empregos ou carreiras.
“Toda mulher tem o direito de ser dona de casa e gostar de ser uma esposa tradicional que vive para trabalho não remunerado, mas isso não a deixa insegura?” diz Hana, enfatizando a dependência financeira que podem enfrentar ao dar esse passo. decisão.
Para ela, essas características fazem parte de uma estrutura e têm um alicerce: “A estrutura é assim por um motivo claro: continuar retirando as mulheres dos cargos de poder para facilitar cada vez mais o seu controle. A escolha é um material moderno que precisamos dominar”, finaliza.
A postagem Hana Khalil desafia a economia tradicional: “As mulheres merecem reconhecimento pelo seu trabalho não remunerado
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