Passo a passo e quais cargos você elegerá nas eleições de 2024
S
e você não lembra (ou se esta vai ser sua primeira eleição), vamos votar prefeito e vereador eleger os representantes para ocuparem os cargos mais altos das nossas cidades e os vereadores que irão povoar as Câmaras Municipais.
Já comentamos isso antes, mas política é o tipo de assunto que nunca sai do seu radar. Isso porque toda decisão que envolve a eleição dos nossos representantes tem impacto direto no nosso dia e nas pessoas ao nosso redor. E essa é a resposta para a pergunta acima: só porque você é jovem não significa que não deva participar dessas decisões, ok?
É também por isso que, este ano, temos dois candidatos para eleger. Não votamos apenas no chefe do município (ou seja, no prefeito) e no vereador, o que ajuda a formar a Câmara Municipal para os próximos anos. Então, para recapitular, este ano elegeremos dois cargos diferentes: Vereador e Prefeito.
Agora, o segundo passo é se organizar para a ordem de votação. Na hora de votar, a urna apresentará os candidatos em uma ordem pré-determinada. Concordamos que a votação para Prefeito parece ser a mais importante e, portanto, deveria vir primeiro, certo? Na prática, não é bem assim.
A ordem de votação para as eleições de 2024 é:
- Conselheiro
- Prefeito
Preparar! Agora, sabemos que não dá para confiar apenas na memória para lembrar de tudo isso – por isso você pode levar um recibo com o pedido e os números dos candidatos para conferir na cabine de votação. O melhor é ter essas informações separadas e prontas para que você possa recuperá-las imediatamente e votar sem problemas.
Ah, importante! Não há necessidade de levar sua cópia no celular. Vale lembrar que é proibido o uso de celulares, tablets ou outros dispositivos eletrônicos (como câmeras) na cabine de votação. Sua cola terá que ser do estilo old-school: no papel e na caneta!
E o CAPRICHO facilitou para você – sempre entregando tudo, né? Basta salvar a imagem abaixo, imprimi-la e anotar os números dos seus candidatos.

Mais do que votar para prefeito e vereador neste ano, o que vale é começarmos a entender quais questões políticas já interferem no nosso dia a dia: o preço dos alimentos está aumentando muito (você já deve ter notado) e o investimento em educação pública caiu muito nos últimos anos.
Se você ainda está na escola (ou já está na faculdade) e teve que começar a trabalhar durante a pandemia para ajudar nas contas domésticas, provavelmente é por um desses dois motivos. Mesmo que você não entenda muito sobre economia ou como funcionam as políticas públicas, Você deve ter percebido que a situação não é fácil para ninguém.
O trabalho está principalmente no desenvolvimento da nossa autoestima política, que cresce em um ambiente acolhedor e em momentos de reflexão.
Outro motivo para participar das eleições deste ano é iniciar conversas que, até então, estavam muito distantes de nós. Que tal mudar o “tom de bronca”, como se as pessoas insistissem que os jovens não se interessam ou que não conseguem o título de eleitor por falta de vontade ou impotência? Uma saída é buscar mais diálogo e identificação.
O trabalho é principalmente no desenvolvimento da nossa auto-estima política que cresce num ambiente acolhedor e em momentos de reflexão. Se você quer ver mais mulheres na política, por exemplo, o voto é um grande aliado para que isso aconteça. O mesmo se o seu desejo for ver a floresta em pé ou que as mudanças climáticas sejam levadas a sério.
Este mês, algumas organizações do terceiro setor levaram um gigantesco título de eleitor para a Avenida Paulista, em São Paulo. A réplica do documento lembra que o prazo para emissão do documento e tornar-se elegível para votar é até 8 de maio. A campanha é promovida pelo Instituto Lamparina, labExperimental, Girl Up Brasil, Quid, Avaaz, Em Movimento e Politize.
Os dados presentes no cartaz [exibido na imagem acima] São de Edson Luís, estudante assassinado por agentes da ditadura militar em 1968, quando tinha apenas 18 anos – e não tinha título de eleitor. As eleições diretas, tal como as conhecemos hoje, só foram retomadas em 1989, após forte mobilização popular.
“Edson não era necessariamente um jovem político, não lutava pela política, por nenhum partido específico, por uma agenda específica, lutava por comida, melhorias na bandeja, e foi assassinado num confronto com a polícia, num repressão contra essa manifestação que eles estavam fazendo”, detalha o coordenador da campanha, Hércules Laino, à Agência Brasil.
Temos um papel de liderança, sim. E ele não está apenas no futuro
“É importante mostrar a diferença que faz o envolvimento dos jovens”, diz Carolina. “Vivemos num país que tem sistema público de saúde, transporte público, sistema público de educação… que poderia ser melhor. É importante que ele eleja pessoas que melhorem o seu dia a dia, mostrando a necessidade de bons políticos que façam boas políticas públicas.”
Infelizmente, não há outra maneira de desenvolvermos essa autoestima que não seja estudando. Mas calma, antes de entrar em pânico pensando que tem mais uma coisa para encaixar no seu cronograma de estudos, pode ser mais simples: você pode começar se educando aos poucos sobre os assuntos que lhe interessam.
Você não precisa ser um especialista no assunto, nem precisa brigar com a família ou amigos por causa disso (acredite, ajudaremos nisso mais tarde).
Se você se preocupa com a questão climática, que tal acompanhar um grupo de pessoas que falam sobre o assunto nas redes sociais? E, a partir daí, você consegue fazer mudanças no seu dia para ajudar o meio ambiente e depois votar em alguém que também vê a importância disso?
Você não precisa ser um especialista no assunto, nem precisa brigar com a família ou amigos por causa disso (acredite, ajudaremos nisso mais tarde). Mas vale a pena adquirir o título de eleitor para melhorar o seu dia a dia – e ainda ajuda outros adolescentes como você, que não têm tanto acesso à informação ou consciência da importância do voto.