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Termina neste domingo (11), mas as lembranças desta edição não irão embora. Ao longo destes dias de competição pudemos descobrir e aprender mais sobre o desporto, torcer por atletas que não conhecíamos e emocionar-nos com vitórias históricas.
Também demos um exemplo de recepção
especialmente em redes. Quando um atleta vencia a competição, as pessoas lembravam da jornada, muitas vezes muito difícil, e destacavam o quão memorável foi a participação daquela pessoa e o quanto ela representou o país. E quando ele perdeu? Os derrotados foram acolhidos e compreendidos, assim como os atletas.
E se trouxermos isso para nossa vida cotidiana? Você já parou para pensar quantas vezes você foi tão empático consigo mesmo? Esta reflexão foi pontuada pela treinadora emocional Cláudia Arantes
em um vídeo para o Instagram.
Nele, Cláudia argumenta: Por que é normal um atleta falhar e perder uma competição, mas e você, ao errar nas questões de um simulado, não ir bem em uma prova ou não atingir suas expectativas, o primeiro pensamento é diminuir sua capacidade?
“Você olha o erro da Flávia [Saraiva] e acha que ela não é boa o suficiente? Ou você acha que Rayssa [Leal] treinou pouco, que deveria ter treinado mais? Ou você olha a desclassificação da Rafaela [Silva] e acha que ela falhou?”, argumenta Cláudia – e seu argumento faz muito sentido.
Esses pensamentos que invalidam o caminho, a determinação e a capacidade das pessoas podem não ter sido comuns entre os atletas olímpicos, mas certamente você já deve ter pensado assim sobre si mesmo – ainda mais se você está estudando para o Enem e outros vestibulares.
Nesta fase dos estudos, é normal colocar muita pressão em cada etapa e sentir como se uma pergunta errada, uma simulação ruim ou um fracasso significaria o fim do mundo e seria uma representação de quem você é – o que não é verdade.
Você é uma pessoa com características diferentes, que comete erros e acertos. Uma reprovação, seja uma questão de casa ou de uma prova, não resume e não diz quem você é.
Você é quem define isso e todas as decisões que você toma, diariamente – culpar-se ou aceitar-se também é uma delas. Quando você reconhece que deu o seu melhor e mesmo assim não conseguiu, você fica mais forte para o próximo passo, pois conhece o seu potencial. Culpar-se e martirizar-se por um único erro só o atrasará no seu grande objetivo.
Essa é a nossa lição destas Olimpíadas. E você, já pensou nisso?