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Todo mundo quer saber sobre isso
Geração Z
. Há muita discussão sobre a relação da nossa gente com o trabalho, seu comportamento nas redes sociais e sua visão de futuro.
Acontece que, muitas vezes, os genes Z não são convidados para o debate que tenta definir quem são e o que pensam. E sim, os jovens querem ser ouvidos; eles querem se apresentar ao mundo. Aqui em CAPRICHO
isso é possível.
Formada pelos nascidos entre 1995 e 2009, essa geração é conhecida como a primeira tribo dos nativos digitais, ou seja, pessoas que nasceram em um mundo 100% conectado, em meio a uma cultura extremamente digital.
Sem tempo a perder, buscam a independência financeira por meio de um trabalho que lhes agrada e com qualidade de vida. Nas roupas, no cabelo e na maquiagem, vestem-se com a liberdade de ser e comunicar o que querem.
“Vejo a minha geração como a que mais quer abraçar as diferenças e desafiar as regras”, afirma Mariana Costa, 18 anos, integrante da Galera CAPRICHO 2024. “Somos vistos por muitos como ‘rebeldes’, principalmente pela forma como não aceitamos as coisas que outras gerações aceitaram em relação ao trabalho e à moda, por exemplo”, acrescenta Laura Hamad, também de 18 anos.
Bianca Ramos, de 17 anos, também reforça como seus jovens aprendem cada vez mais a se defender e a não baixar a cabeça para ninguém. “Defino-a como uma geração teimosa e autêntica”, afirma com orgulho.
Ana Bia, de 18 anos, concorda com os amigos e destaca o papel da internet nisso tudo. Rompendo fronteiras e facilitando a comunicação, a rede se tornou um espaço de encontro de jovens, que conseguem compartilhar suas ideias e colocá-las em prática, além de aprenderem constantemente uns com os outros.
Vejo uma geração mais consciente de muitas questões que não foram abortadas em outros tempos e, portanto, uma geração também muito ansiosa e preocupada em mudar o futuro.
Ana Bia, integrante da Galera CAPRICHO 2024
E quanto à saúde mental?
Apesar de muitos aspectos positivos, inclusive ajudando na conscientização e no engajamento, a dinâmica do mundo virtual, nessa velocidade acelerada, também contribui para a ansiedade, citada por Ana Bia, e outros problemas psicológicos enfrentados pelos genes Z.
Os jovens entre os 16 e os 25 anos são os mais afectados, por exemplo, pela ecoansiedade
– “o medo crónico de sofrer um cataclismo ambiental que ocorre ao observar o impacto aparentemente irrevogável das alterações climáticas”, como explica a APA (American Psychology Association). Isto gera nos jovens uma preocupação associada ao futuro de si e das gerações futuras.
“A nossa geração está muito preocupada com a saúde mental e o autocuidado”, observa Laura Matos, 15 anos. A jovem diz que fica chateada quando “as pessoas tratam a depressão como algo que apareceu na semana passada”, já que muitas pessoas sofrem com isso há anos e até acabaram tirando a própria vida.
“Agora estamos nomeando as coisas e dando-lhes significado. E as pessoas estão começando a falar mais sobre o assunto”, vê Laura pelo lado positivo.