A âncora da Record Mariana Godoy acusou seu ex-chefe da TV Gazeta, Roberto Avallone, de tentar beijá-la à força. Durante entrevista ao canal de Cosme Rímoli no YouTube, o jornalista compartilhou o episódio ocorrido no final da década de 1980. A jornalista faleceu em 2019, aos 72 anos, e a revelação de Mariana trouxe à tona questões delicadas sobre assédio e poder.
Após a divulgação da entrevista, Anna Flávia Avallone, filha do falecido apresentador, usou suas redes sociais para criticar Mariana. “Ah, Mariana, você é uma piada, né? É fácil querer se mostrar na mídia usando o nome de uma pessoa que não consegue nem se defender”, escreveu Anna Flávia.
Nos Stories do Instagram, a filha do apresentador afirma: “Por que as pessoas usam outras pessoas quando essas outras pessoas não têm mais direito à defesa? ele não consegue mais contar sua versão nem se defender, dizendo que tentou beijá-la à força em 1988… Por que não denunciou na época Medo de não virar Mariana Godoy na TV Globo? auge de sua carreira, ele era um jornalista proeminente.”
A ex-mulher de Avallone, Ana Kalyne, também manifestou sua insatisfação em entrevista à jornalista Fábia Oliveira. Ana mencionou o impacto negativo que a declaração de Mariana teve para sua filha, Anna Flávia, e criticou o momento da revelação.
“Quero deixar claro que não estou dizendo se a afirmação dela é verdadeira ou falsa, mas sim o momento escolhido para falar sobre isso. quando ele estava vivo. Ele faleceu há 5 anos e meio, então ela teve muito tempo”, disse ele.
A ex-mulher diz desconhecer as acusações e duvida que o falecido tivesse tal atitude: “E ressalto que não estou questionando a veracidade da informação, mas sim o momento. Falo apenas por mim e pela nossa filha.”
Entenda o caso
Mariana Godoy, por sua vez, detalhou o ocorrido durante a entrevista com Cosme Rímoli. Ela contou que, ao informar Avallone sobre um convite para fazer um teste para a Record, ele tentou beijá-la à força, o que a deixou profundamente abalada. “Dei um tapa, um empurrão, saí de lá e fui chorar no banheiro. Fiquei arrasada e com medo”, relatou Mariana.
A jornalista explicou que, apesar do assédio, optou por não denunciar Avallone na época. “Não, eu não quero [denunciar], não à toa, mas Avallone não fez isso como se dissesse ‘ou você me beija ou sai’. Foi porque ele era um sem noção, extremamente vaidoso e achava mesmo que um beijo dele era um prêmio para alguém”, explicou, destacando a complexidade da situação.
O relatório de Mariana Godoy reacendeu o debate sobre o assédio no local de trabalho e a dificuldade de denunciar figuras poderosas. Enquanto isso, a família de Avallone defende a memória do jornalista e questiona a escolha do momento da revelação.