Adriane Galisteu comentou sobre sua amizade com Jô Soares no documentário “Um beijo do gordo”, do Globoplay. As duas eram vizinhas, moravam no mesmo prédio, e Adriane relembrou um acontecimento peculiar que ocorreu entre elas depois que ela perdeu uma aposta em um jogo de serralheria.
— Sempre adorei brincar. Gamão, fechadura, qualquer jogo que você me apresentar, eu quero aprender. Fizemos uma aposta e quem perdesse teria que subir nu até o apartamento do Jô. Ele disse: “Pode apostar. Não vou perder.” Eu sempre ganhei. Se houve uma aposta que fiz com felicidade foi esta. Mas quem perdeu? Eu e meu parceiro. Foi uma cena engraçada. Duas horas da manhã, estávamos apenas de calcinha e sutiã. Subimos, tocamos a campainha. Jô abriu, olhou, olhou, olhou. Então descemos. Ele disse: “Não, volte aqui”. Ele desceu atrás de nós. Ele disse: “Vamos apostar mais, vamos apostar em casa”. Estava uma bagunça naquele prédio. Caos, mas quem perdeu fui eu — disse ele, rindo.
Ela também mencionou as conversas que tiveram nas primeiras horas da manhã, revelando que ele se tornou seu confidente.
— Além de meu amigo, ele se tornou meu vizinho e, mais tarde, me dirigiu algumas vezes no teatro. Foi então que começamos a nos tornar bons amigos. E, desde então, começamos a compartilhar as madrugadas juntos. Ele esteve presente em momentos muito importantes da minha vida. Brigas de namorado, aquelas brigas horríveis que você não quer contar para ninguém, eu contaria para ele. Ele desceu e não aceitou. Ele ficaria aqui por horas. Tanto que tenho uma garrafa de whisky guardada, porque ele só tomou uma… Aquele Jack Daniels que ele gostava. Eu sempre tinha um para quando ele aparecia de madrugada. Apertei o botão vermelho de emergência: “Ajude-me aqui, estou com um probleminha”.
Amizade
Ela também falou sobre os filmes que assistiam nas primeiras horas da manhã enquanto comiam “gordura”:
— Eu gostaria de comer feijão frio, com azeite. E ele também gostava de um pouco de gordura na época. Depois ele ficou mais saudável, teve uma fase bem regulada. Pegávamos um pãozinho francês, colocávamos chocolate dentro, fechávamos e colocávamos no forno. Este foi um dos nossos clássicos lanches noturnos enquanto assistíamos a filmes.
O apresentador e Jô Soares trabalhavam em emissoras diferentes, mas tinham horários parecidos. Por isso, gostavam de dormir até tarde, mas muitas vezes eram incomodados pelas obras do prédio. Jô Soares encontrou uma solução para o problema.
— Como tínhamos horários parecidos e gostávamos de ficar acordados até mais tarde… Além disso, fiz um programa ao vivo. Saiu da TV à meia-noite, uma da manhã. Cheguei em casa, fiz um lanche… fui dormir às três ou quatro da manhã. Então, Jô foi ao médico e comprovou que nossa privação de sono era grave. E quem tinha um trabalho como o nosso, que ia até altas horas da manhã, precisava ter a oportunidade de dormir pela manhã. Então, as obras aqui no prédio só podiam começar depois das 11h e tinham que terminar às 18h.