Na manhã desta terça-feira (30), o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul tornou pública a decisão no caso do influenciador e comediante Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di. O ex-participante do “Big Brother Brasil 21” havia pedido à Justiça gaúcha na última sexta-feira (26) a revogação de sua prisão. Porém, o pedido foi negado.
Nego Di está preso em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, desde o dia 14 de julho. O comediante foi preso sob a acusação de peculato. Segundo investigações policiais, ele e seu companheiro, Anderson Bonetti, que está preso, abriram uma loja online que vendia produtos que nunca teriam sido entregues. Estima-se que tenham causado prejuízos superiores a R$ 5 milhões.
Segundo a juíza responsável pela decisão, Patrícia Pereira Krebs, “a defesa não apresentou novos argumentos capazes de afastar os fundamentos considerados pelo Tribunal na sentença de prisão”. Outro pedido de habeas corpus já havia sido rejeitado pela Justiça há duas semanas.
Na investigação realizada pela Polícia Civil, o humorista teria aplicado o golpe em quase 400 vítimas. Utilizou imagem e perfil próprios nas redes sociais, onde possui mais de 10 milhões de seguidores, para aumentar o alcance de seus anúncios, tendo abrangência nacional. Isso fez com que houvesse vítimas até de fora do Rio Grande do Sul.
O nome da loja era “Tadizuera”, e funcionou entre 18 de março e 26 de julho de 2022. Na época, a Justiça determinou que o site fosse retirado do ar após denúncias de não recebimento de produtos. Segundo a polícia, o influenciador era um dos sócios e vendia produtos como aparelhos de ar condicionado e televisores, muitos deles com preços abaixo do mercado.
A Polícia Civil aponta que a empresa não tinha estoque dos produtos vendidos, com o influenciador enganando os clientes ao prometer que os produtos seriam entregues. No entanto, ele continuou a movimentar dinheiro para as contas bancárias da empresa.
O comediante e ex-BBB Nego Di é investigado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul por suposto envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro, ao lado da esposa Reprodução/MPRS
Autoridades apreendem dois carros de luxo, munições e uma arma de uso restrito das Forças Armadas na casa de Nego Di. Sua esposa foi presa por posse ilegal Reprodução/MPRS
Defesa de Nego Di afirma não ter acesso aos autos do processo e reitera presunção de inocência do casal, solicitando responsabilidade na divulgação de informações Reprodução/MPRS
Nego Di e a esposa são suspeitos de lavar cerca de R$ 2 milhões em rifas ilegais e fraudes nas redes sociais, segundo investigações do Ministério Público do RS Reprodução/MPRS