Ó Mercado livre
e a Amazonas
ajuizou ação judicial contra o Anatel
, questionando as novas determinações do órgão em relação à venda de celulares ilegais no país. Entre os sete maiores portais de comércio eletrônico do Brasil, as duas empresas são as únicas classificadas como “desconformes” pelo órgão e poderão ser multadas a partir desta semana.
Nas ações judiciais, Mercado Livre e Amazon discordam do medidas cautelares implementadas pela Anatel em 21 de junho
. Através do número da ordem de decisão 5.657/2024
o órgão busca impedir a venda de celulares não homologados (contrabandeados e importados sem pagamento de impostos) no país.
As empresas argumentaram que a Anatel não teria autoridade para tomar decisões sobre o varejo nacional. O órgão público disse ter autorização não só para homologar telefones celulares, mas também fiscalizar seu uso por meio da Lei Geral de Telecomunicações.
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Por enquanto, a Amazon conta com liminar favorável da Justiça estadual de São Paulo. Já o Mercado Livre aguarda decisão da Justiça de Brasília.
Ó Canaltech
contatou Anatel, Mercado Livre e Amazon para obter comentários oficiais das três partes. Assim que as empresas se posicionarem, este artigo será atualizado.
Requisitos da Anatel
Segundo investigações da Anatel, Amazon e Mercado Livre têm percentual de 51,52% e 42,86% de celulares não homologados em catálogos de produtos, respectivamente. Na prática, isso significa que cerca de metade dos celulares vendidos nesses marketplaces são oriundos de contrabando e desfalque.
Ao anunciar as novas medidas, o órgão informou que já tentava negociar de forma amigável com as plataformas desde 2021, mas sem sucesso. Por isso, foram criadas novas regras, com multas severas em casos de descumprimento.
A partir de sábado (6), empresas classificadas como “inadimplentes” passarão a receber multas diárias de R$ 200 mil. A cobrança aumenta com o tempo e pode levar à tomada de medidas para remover o site.
Entre os portais de comércio eletrônico analisados pela Anatel, Revista Luiza
, Carrefour
, Casas Bahia e Shopee já estão em conformidade e não correm risco. A Americanos
é a única empresa “parcialmente conforme” — que poderá se tornar “não conforme” se demorar para se adaptar às novas regras.
Leia o artigo em Canaltech
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