Ó apagão cibernético
que prejudicou o funcionamento de sistemas em todo o mundo na sexta-feira (19) gerou impactos apenas nas empresas e não nos dispositivos dos usuários domésticos.
Isso porque a Falcon, plataforma de cibersegurança da empresa americana CrowdStrike que causou falhas após uma atualização de software, está disponível apenas para o ambiente corporativo.
De acordo com a CrowdStrike, mais de 29.000 clientes utilizam seus serviços de segurança cibernética, incluindo empresas dos setores de varejo, saúde e serviços financeiros.
O Falcon monitora quase todas as atividades do computador em que está instalado, porém, nesta última atualização, ele começou a causar danos ao sistema operacional Windows.
Embora não afete diretamente os usuários domésticos, é essencial permanecer vigilante contra possíveis tentativas de fraude que exploram a falha CrowdStrike como um gancho. Segundo o executivo Ayub, os cibercriminosos muitas vezes se aproveitam de eventos de grande repercussão para criar sites falsos e enviar mensagens enganosas, induzindo as vítimas a baixar arquivos maliciosos.
“Não há nenhuma ação generalizada que os usuários domésticos e as empresas que não são clientes desse produto devam tomar”, disse o executivo ao g1.
“Qualquer orientação nesse sentido deve ser observada como suspeita de fraude”, acrescentou.
Solução para o problema
CrowdStrike ofereceu uma solução alternativa para qualquer pessoa que esteja enfrentando problemas. Veja o passo a passo:
- Inicialize o Windows no modo de segurança ou no ambiente de recuperação do Windows
- Navegue até o diretório C:\Windows\System32\drivers\CrowdStrike
- Localize o arquivo correspondente a ‘C-0000029*.sys’ e exclua-o.
- Inicialize o host normalmente.
A Microsoft disse que a causa subjacente de uma falha cibernética foi resolvida, mas que pode levar algum tempo até que os sistemas estejam totalmente funcionais novamente.
Em entrevista à rede americana NBC, o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou que o problema não foi causado por um ataque cibernético. Ele destacou que serão necessários reparos manuais nas máquinas da empresa e que “lamenta profundamente” o impacto mundial causado pela falha na atualização do software.
Qual foi o impacto no Brasil?
Os bancos e fintechs brasileiros tiveram problemas com suas aplicações na manhã desta sexta-feira (19) devido à falha global.
Nas redes sociais, os clientes reclamaram das falhas, dizendo que os aplicativos estão fora do ar, além de não conseguirem fazer login e efetuar pagamentos.
O site Downdetector indica problemas em pelo menos quatro instituições financeiras: Banco Pan, Bradesco, Neon e Next.
O Bradesco confirmou o problema devido ao apagão cibernético global.
“As equipes estão trabalhando para regularizá-lo o mais breve possível. Os terminais de autoatendimento do banco funcionam normalmente”, informou o banco em nota.
Além disso, as operações aéreas estão em alerta devido ao apagão.
A Azul Linhas Aéreas alertou sobre possíveis atrasos. Até o momento não houve registros de cancelamentos. A recomendação foi que os passageiros chegassem mais cedo ao aeroporto, para evitar imprevistos.
A Latam anunciou na manhã desta sexta-feira que alguns voos podem sofrer atrasos devido ao apagão cibernético e pediu aos clientes que verifiquem o status do seu voo com antecedência.
“Informamos aos nossos passageiros que, após o colapso mundial da Microsoft, nossa operação poderá ser afetada, causando alguns atrasos em nossos voos”, informou a Latam em seu perfil no X.
A GOL Linhas Aéreas informou que suas operações permaneceram estáveis, sem impactos diretos do apagão.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o Brasil não sofreu impactos nos aeroportos devido ao apagão.
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