Greg Newton
Uma missão da SpaceX decolou, neste sábado (28), com dois passageiros a bordo para resgatar astronautas americanos presos há vários meses na Estação Espacial Internacional (ISS).
O foguete Falcon 9 decolou às 12h17 de Brasília, do Cabo Canaveral, na Flórida, em um lançamento a partir de uma plataforma utilizada pela primeira vez para uma missão tripulada.
“Parabéns à NASA e à SpaceX por este lançamento bem-sucedido”, escreveu o diretor da agência espacial americana, Bill Nelson.
“Vivemos em uma época emocionante de exploração e inovação”, acrescentou.
A bordo estão o astronauta da NASA Nick Hague e o cosmonauta russo Alexandre Gorbounov.
Quando retornarem em fevereiro, deverão levar consigo os veteranos espaciais Butch Wilmore e Suni Williams.
Ambos embarcaram no início de junho a bordo de uma nova espaçonave desenvolvida pela Boeing, a Starliner, como parte do primeiro voo de teste tripulado para a ISS.
A espaçonave deveria devolvê-los à Terra oito dias depois, mas problemas detectados em seu sistema de propulsão levaram a NASA a questionar sua confiabilidade.
Após longas semanas de testes, a agência espacial recuperou a cápsula vazia da Boeing e decidiu trazer de volta os dois náufragos com a missão da SpaceX, chamada Crew-9.
“Sabemos que este lançamento é único, com apenas dois passageiros”, admitiu Jim Free, administrador associado da NASA, na sexta-feira durante uma conferência de imprensa na qual agradeceu à SpaceX “pelo seu apoio e flexibilidade”.
– Domingo na ISS –
A empresa do bilionário Elon Musk é a responsável por esta missão regular de rotação da tripulação da ISS, cuja duração, como todas as outras, deverá rondar os seis meses.
No entanto, a decolagem da Crew-9 foi adiada de meados de agosto para o final de setembro para dar às equipes da NASA mais tempo para tomar uma decisão em relação à espaçonave Boeing.
O lançamento teve que ser adiado novamente por alguns dias devido ao furacão Helene, que atingiu a Flórida nesta semana.
A espaçonave Dragon, da SpaceX, está programada para atracar na ISS no domingo, por volta das 18h30 de Brasília.
No total, Nick Hague e Alexandre Gorbounov passarão cerca de cinco meses na ISS, e Butch Wilmore e Suni Williams cerca de oito.
Nesse período, terão sido realizados cerca de 200 experimentos científicos, conforme cronograma.
Durante uma conferência de imprensa no início de setembro, Wilmore e Williams disseram que estavam se adaptando bem à sua estadia prolongada.
“A transição não foi tão difícil”, disse Williams. “Nós dois estamos na Marinha, já tivemos que ser destacados antes. Não nos surpreende que as missões sofram alterações.”