Nunca, jamais, envie medicamentos de uso contínuo. Afinal, sempre existe o risco da mala não chegar. Conhecer essa regra número um já evita uma série de problemas, mas existem outros cuidados importantes ao viajar de avião com medicamentos. O cardiologista José Sallovitz, gerente de assistência médica da seguradora de viagens Allianz Travel, lista abaixo os principais:
1) Tenha uma receita médica
Quem faz uso de medicação contínua deve levar consigo uma carta do médico com o nome do paciente, o nome genérico do medicamento, detalhes do tratamento e a posologia a ser tomada. A prescrição médica não é obrigatória para viajar dentro do país e nem sempre é solicitada no exterior, mas ainda assim é recomendada. Lembrando que, no caso de viagens ao exterior, a carta deverá ser preferencialmente no idioma local ou, pelo menos, em inglês.
2) Consulte as normas sanitárias
Os Estados Unidos proíbem a dipirona sódica, analgésico e antipirético comum no Brasil. Alguns países não permitem benzodiazepínicos e hipnóticos. Outros exigem prescrição médica de quem faz uso de medicamentos psicotrópicos ou entorpecentes – Lexotan e Valium, por exemplo – e pretendem permanecer mais de 30 dias. Ou seja, é fundamental consultar as normas sanitárias para evitar o confisco de seus medicamentos ou sofrer penas piores.
3) Sempre leve um pouco mais
Leve uma quantidade que dure toda a viagem, mas peça ao seu médico algumas doses extras caso algum imprevisto o obrigue a guardar mais. Como as receitas médicas brasileiras não são válidas no exterior, você não poderá utilizá-las para comprar medicamentos nas farmácias locais. Para isso, seria necessário realizar uma consulta médica no país de destino e solicitar uma nova receita.
4) Guarde a embalagem original
Leve os medicamentos em suas embalagens originais, lacradas e, se possível, tenha em mãos a nota fiscal. É importante não transportar comprimidos soltos em caixas, pois isso pode dificultar a identificação dos medicamentos pelas autoridades locais.
5) Preste atenção aos medicamentos que não exigem receita médica
Alguns medicamentos de uso irrestrito no Brasil possuem restrições no exterior. Um exemplo: muitos países exigem receita médica para comprar antiinflamatórios. Mesmo que seja apenas por precaução, vale a pena levar alguns desses medicamentos na mala para não precisar ir à consulta médica e pedir receita.
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