Plaza de Armas segue central na vida da capital

Ponto a partir do qual a cidade de Santiago cresceu e se espalhou até se tornar uma das maiores metrópoles da América Latina, a Praça de Armas
É um lugar que todo visitante da capital chilena costuma visitar diversas vezes – seja acima ou até abaixo do solo, em uma das principais estações do metrô de Santiago.

Mas, além de ser um local de passagem, a praça mais famosa da capital também reúne uma série de atrações indicadas para quem quer conhecer mais sobre a história e a cultura do país do outro lado da Cordilheira dos Andes.

A história da praça se confunde com a da capital

O nome não é exatamente original, e tem uma razão de ser: em diversas cidades da América Hispânica, a Plaza de Armas era o que os colonizadores chamavam de espaço central de uma nova cidade – o Cusco peruano
em particular, também tem um praça
homônimo famoso. Ao redor da praça logo foram instalados prédios administrativos e tribunais, assim como a principal catedral da cidade. Em Santiago não é diferente.

Com isso, a Plaza de Armas já fazia parte do projeto original da cidade, em 1541, quando foi fundada a futura capital chilena. Sua história, porém, é muito mais antiga: achados arqueológicos do século 20 demonstraram que o mesmo local teria abrigado um assentamento inca – um povo não tipicamente associado a esta parte do Chile – muito antes da chegada dos espanhóis.

Ao longo dos séculos, a praça sofreu transformações e remodelações, mas nunca deixou de ser um ponto focal na vida de Santiago. O local é de fácil acesso a pé para quem se hospeda na região central. Também é possível chegar de metrô, na estação homônima, que faz parte das linhas 3 e 5.

Atrações circundantes

A Plaza de Armas está rodeada por edifícios históricos. Aquele que imediatamente rouba a cena é Catedral Metropolitana
Principal templo católico do Chile, construído no século XVIII. Outra visita que vale algumas horas é a
Museu Histórico Nacional (NHN)

Localizado no antigo Palácio da Audiência Real, tribunal de justiça do período colonial – trazendo elementos do período pré-colombiano ao século XX, o MHN tem entrada gratuita.

Outros edifícios de interesse da Plaza de Armas, mesmo que apenas para apreciar a arquitetura desde o exterior, incluem o Correio Central de Santiago
sede do serviço postal chileno, e o Edifício Municipal
onde fica a administração da área central da capital.

A poucos passos da Plaza de Armas, outra opção de visita é o
Museu Chileno de Arte Pré-colombiana

com objetos históricos dos povos originários do país. A entrada, que pode ser comprado antecipadamente no site
custa 10 mil pesos chilenos para estrangeiros (cerca de R$ 60).

A cerca de 10 minutos da Plaza de Armas fica a Plaza de la Constituición, que abriga o Palácio de la Moneda, sede da presidência do Chile. Foi neste edifício onde morreu o presidente socialista Salvador
Allende, em setembro de 1973, deposto por um golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet.

Programação cultural diversificada

Dependendo da época do ano
a Plaza de Armas é palco de diferentes eventos culturais gratuitos
que fazem parte do calendário da cidade. De apresentações teatrais a espetáculos folclóricos, quase todas as épocas do ano costumam ter alguma coisa – em geral, apenas o inverno, mais frio e chuvoso, não costuma receber festividades. Além disso, inúmeros artistas de rua utilizam o local para suas apresentações.

O melhor momento para encontrar programação diversificada no espaço é o mês de setembro
a época das Festas Nacionais Chilenas, quando muitos eventos tomam conta dos espaços públicos nas semanas que antecedem o dia 19, data da independência do país. Na Plaza de Armas, apresentações de cuecas
(leia-se “cuêca”), uma das danças típicas da região central do Chile. Às vezes também há apresentações de outras culturas, como os indígenas Mapuche do Sul ou os Rapanui do Ilha de Páscoa
.

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