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O regulador de telecomunicações do Brasil ameaçou sanções contra a empresa de internet via satélite de Elon Musk, Starlink, à medida que aumenta o confronto público com o bilionário sobre a decisão do país de bloquear sua empresa de mídia social X.
Na semana passada, o Supremo Tribunal do Brasil ordenou a suspensão nacional de X por não nomear um representante legal dentro do prazo determinado pelo tribunal, de acordo com as leis do país. Essa decisão foi mantida na segunda-feira por um painel de juízes da Suprema Corte federal.
A Anatel, reguladora de telecomunicações do Brasil, instruiu os provedores de Internet a bloquear o acesso ao X seguindo a ordem judicial. Artur Coimbra, comissário da Anatel, disse Reuters que a Starlink é a única empresa que disse ao regulador que não cumpriria a decisão judicial.
Em uma entrevista separada com CNN Brasil na segunda-feira, Coimbra disse que a Anatel está investigando o potencial descumprimento da Starlink e de outras operadoras de rede. O comissário disse que há uma série de sanções que podem ser impostas a uma empresa caso ela não cumpra a ordem judicial de bloqueio X, incluindo multas e a retirada da licença para fazer negócios no Brasil.
A CNBC entrou em contato com a Anatel para comentar.
A briga de Musk com o Brasil remonta a abril, quando um representante do X disse que a empresa foi forçada por “decisões judiciais a bloquear certas contas populares”. Pouco depois, Musk disse que as restrições foram removidas e instou usuários baixem uma rede privada virtual (VPN) para acessar o X, caso a rede social seja banida.
O conflito aumentou no momento em que o Brasil se prepara para as eleições municipais em outubro. De acordo com as leis do país, as redes sociais têm de contratar alguém que possa receber e considerar avisos de remoção do governo sobre desinformação política.
X não tem esse funcionário no Brasil, depois que a empresa disse que estava retirando todos os seus funcionários do país no mês passado em meio a tensões contínuas, desencadeando os últimos confrontos legais.
Juiz principal
A mira do Starlink acirra a disputa entre Musk e o Brasil, alimentando principalmente o conflito do bilionário com o brasileiro O juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, responsável pela proibição do X.
Starlink disse na semana passada no X que recebeu uma ordem de Moraes que “congela as finanças da Starlink e impede a empresa de realizar transações financeiras” no país.
Semana passada, X acusado Moraes de ameaçar o representante legal da rede social com prisão. A equipe de assuntos governamentais globais da empresa postou no X que a justiça congelou todas as contas bancárias da representante assim que ela renunciou.
Musk atacou repetidamente Moraes, rotulando-o de “tirano do mal” e pedindo sua prisão. Ele também caracterizou a decisão do tribunal brasileiro como censura.
A Suprema Corte do Brasil não estava imediatamente disponível para comentar quando contatada pela CNBC.
– Lora Kolodny, da CNBC, contribuiu para este relatório.