O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) aprova o Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), uma nova política industrial brasileira voltada à sustentabilidade e à inovação na indústria automotiva. Com isso, marcas como a GWM poderão acelerar sua estratégia de nacionalização e expandir suas operações no Brasil.
Por aqui, a empresa chinesa iniciará as atividades com o Haval H6 até o final de 2024, na fábrica de Iracemápolis (SP), inicialmente em regime de pré-produção, para testar e ajustar os novos equipamentos da linha de montagem e verificar os processos de produção. fabricação e controle de qualidade. Em 2025, terá início a produção em série do modelo.
“Com a aprovação será possível transferir gradativamente todos os processos produtivos, atualmente realizados na China, para nossa fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo”, comemora Marcio Alfonso, diretor de engenharia, pesquisa, desenvolvimento e inovação da GWM Brasil.
Atualmente, a fábrica está em processo de modernização e expansão, o que aumentará sua capacidade de produção de 20 mil para 50 mil veículos por ano, chegando a 100 mil unidades nos próximos anos. Ao mesmo tempo, a montadora intensifica o contato com fornecedores de peças e tecnologia para parcerias locais, visando suporte técnico e redução de custos de fabricação e logística.
A fábrica de Iracemápolis começará com a produção do monobloco, soldagem, tratamento superficial, pintura, montagem final e testes, montagem de chassis, freios, eixos e sistemas elétricos. No futuro, o objetivo é avançar para a montagem de componentes de maior valor agregado, chegando ao final do ciclo com a possibilidade de montagem de baterias de lítio, consolidando ainda mais a presença da GWM no mercado brasileiro.
Especialistas estimam que a demanda global anual por baterias de lítio para veículos híbridos e elétricos deverá ser de 20 a 30 milhões de unidades até 2030. “Estamos nos aproximando de institutos de pesquisa para tentar facilitar o desenvolvimento de soluções que nos permitam trazer tecnologias GWM para o Brasil”, destaca Afonso.
Como parte do seu compromisso com a nacionalização, a GWM já desenvolveu uma lista de mais de 100 componentes a serem produzidos localmente. O objetivo é atingir um índice de nacionalização superior a 60%, o que permitirá à montadora começar a exportar veículos para a América do Sul.