Carros estacionados
A partir de 1º de outubro, o Renave (Registro Nacional de Veículos em Estoque) se tornará obrigatório para o comércio de veículos usados e usados em São Paulo . O sistema, já em vigor para veículos novos desde 2022, exigirá que lojas e concessionárias registrem todas as compras, vendas e movimentos de estoque de veículos usados.
Objetivo de Reduzir Fraudes e Facilitar Crédito
O Renave visa combater a fraude e a evasão fiscal, além de garantir maior segurança nas transações entre comerciantes e clientes, com a obrigatoriedade de emissão de nota fiscal. O sistema também permite verificar informações do veículo, como possíveis dívidas e restrições, o que ajuda a formalizar o setor e facilitar o acesso ao crédito para empresas.
Outro benefício é a ampliação do prazo para a fiscalização de transferência de imóvel, que passa de 60 para 120 dias. O Renave também permite que concessionárias e revendedores autorizem a transferência digital de propriedade, permitindo que o novo proprietário saia da loja com o veículo já registrado em seu nome.
Antes mesmo de ser obrigatório, o sistema já era utilizado diariamente em cerca de 1.500 a 1.600 transferências de veículos usados no estado, segundo o Detran-SP. Com a adesão plena, espera-se um aumento significativo deste número.
Expansão do Renave por todo o país
Embora o Renave já está em vigor para veículos novos em todo o Brasil, a implementação para usado e usado isso está acontecendo gradualmente. Atualmente, apenas nove estados adotam a sistemática para esse tipo de transação: Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Sergipe, Santa Catarina e São Paulo .
No Espírito Santo, a adesão ao sistema chegou a 100% graças a incentivos fiscais, como isenção de ICMS e redução de taxas de transferência. Além disso, o estado aumentou as exigências para quem atua fora do sistema, como a apresentação de Certidão Negativa de Débito e a emissão de nota fiscal de entrada de veículo.
Impacto na Formalização do Setor
Segundo a Fenauto, entre janeiro e agosto de 2023 foram vendidos 10,2 milhões de veículos usados no Brasil, o que representa um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2022. Para cada veículo novo vendido, são negociados cinco carros seminovos ou usados.
A implementação de Renave É visto como um passo essencial para a formalização do mercado, que ainda enfrenta muita informalidade, principalmente como forma de fugir da carga tributária. Atualmente, apenas 12% das vendas de veículos usados em São Paulo incluem a emissão de nota fiscal. Os empresários do setor acreditam que, além da segurança jurídica proporcionada pelo Renave, é necessária a redução da carga tributária para incentivar a formalização e combater a sonegação fiscal.
Para operar no sistema, todas as concessionárias e lojas de veículos devem ser credenciadas no Senatran, onde os dados do veículos são validados.