As montadoras Honda e Toyota adotam uma estratégia diferente ao não oferecer modelos como o HR-V e o Corolla Cross diretamente às locadoras. A razão por trás disso é simples: estratégia . Paula Gama, do UOL,
detalha as razões por trás desta decisão.
As vendas diretas são veículos vendidos para pessoas jurídicas, ou seja, por CNPJ, pessoas com deficiência, para taxistas, produtores rurais e a maioria para locadoras. Neste caso, os veículos são vendidos com descontos e preços abaixo do valor público (no varejo para pessoas físicas).
Toyota Corolla Cross XRX Híbrido Divulgação
Toyota Corolla Cross XRX Híbrido Divulgação
Toyota Corolla Cross XRX Híbrido Divulgação
No entanto, o Honda
e a Toyota
preferem concentrar suas vendas em SUVs
no varejo, voltado para pessoas físicas.
Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), apenas 11,32% das unidades do Honda HR-V
e 19,68% de Toyota Corolla Cruz
foram vendidos através de venda direta no primeiro semestre de 2024. A esmagadora maioria, 88,67% e 80,31% respetivamente, foi vendida a retalho.
Essa estratégia de foco no consumidor final tem dado certo. Ó Honda
HR-V
é o oitavo SUV mais vendido no Brasil, enquanto o Toyota Corolla Cruz
ocupa a nona posição no primeiro semestre. Em comparação, o líder de vendas, Volkswagen T-Cross
, depende fortemente das vendas diretas com 45,62% neste mercado. Em outras palavras, boas vendas no varejo do HR-V
É de Corolla Cruz
reforçar a aceitação destes modelos pelo público.
As vendas diretas muitas vezes exigem grandes descontos dependendo do público da venda direta, o que as torna menos lucrativas para algumas montadoras. Com alta demanda no varejo, Honda e Toyota
conseguem manter uma produção equilibrada e evitar a necessidade de conceder esses descontos.
Touring é a versão mais cara do novo HR-V Divulgação/Honda
Honda HR-V Divulgação
Honda HR-V Touring 2023 Divulgação/Honda
A escolha das marcas japonesas de evitarem vender seus SUVs diretamente para locadoras se baseia em uma estratégia que valoriza o mercado varejista. A forte procura por esses modelos por parte dos consumidores finais permite que as montadoras maximizem suas margens de lucro sem depender de grandes descontos para frotistas e locadoras.
Porém, em períodos de baixa demanda, a venda direta pode funcionar como um alívio, garantindo fluxo de caixa para as empresas. Contudo, com o mercado retalhista em expansão, a prioridade é clara.