O Ministro da Administração, Ester Dweck, comentou, em entrevista concedida ao programa ‘Bom Dia Ministro’, produzido pela Secom, nesta quinta-feira, 15, o andamento das negociações em curso sobre reajustes salariais no funcionalismo público.
Na entrevista, ela destacou que uma das prioridades do governo era a reabertura das mesas de negociação, resultando em um aumento linear de 9% para todos os empregados em 2023, em resposta à disparidade salarial acumulada desde o governo Michel Temer.
Dweck destacou que, embora este primeiro acordo tenha sido aceito, diversas categorias continuam pressionando por reajustes específicos, com negociações já fechadas para 29 categorias, incluindo Ibama e funcionários ambientais, o que representa 90% dos funcionários com acordos assinados. Porém, ainda há negociações abertas com o INSS e analistas de infraestrutura, responsáveis pelas obras do Novo PAC.
Muitas categorias, porém, não aceitam a proposta. Segundo o ministro, “não porque considerem o reajuste baixo, mas porque gostariam de ganhar o mesmo que uma carreira que está acima deles”. Dweck disse entender as demandas e preocupações de cada categoria, mas esclareceu que o governo federal já atingiu o limite orçamentário para propostas.
“Não estou nem fazendo análise de mérito, se o que ela está pedindo é correto ou não. É uma questão fiscal e até o fato de negociarmos com mais de um milhão de pessoas, na verdade”, afirmou. O ministro avisou que o governo tem até sexta-feira, dia 16, para finalizar todos os acordos que vão constar da Lei Orçamental de 2024. Caso as negociações não sejam concluídas até essa data, não há garantia de que os reajustes serão aplicados a partir de janeiro de 2025.
“Precisamos enviar o PLOA ao Congresso com todos os acordos já assinados. Se não fecharmos esta semana, não seremos incluídos nesta conta inicial e depois não garantiremos o reajuste a partir de janeiro do ano que vem”, reforçou.
Dweck argumentou ainda que, apesar de não compensarem todas as perdas, os aumentos concedidos são significativos e representam ganhos reais. Ela apelou aos funcionários públicos para que compreendessem o limite orçamental do governo e reconhecessem os esforços envidados para satisfazer exigências não salariais específicas de algumas categorias.
Além disso, destacou, o Ministério da Gestão tem respondido a outras reivindicações, que não são reivindicações salariais, mas que abrangem pontos específicos de algumas categorias.