A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue acima dos 50% em meio à polarização política no Brasil, conforme indica a nova pesquisa nacional da consultoria Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 2. Segundo a pesquisa, o presidente tem 51% de aprovação, enquanto 45% dos entrevistados desaprovam sua gestão. Uma pequena parcela, cerca de 4%, preferiu não opinar.
Os números divulgados nesta quarta refletem uma leve queda nos índices de aprovação ao governo Lula, que caiu 3 pontos percentuais desde a última pesquisa, realizada em julho. Naquele mês, o presidente registrou 54% de aprovação. Em termos de reprovação, a gestão petista manteve estabilidade, com variação dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.
Perfil do eleitor
Entre os que mais aprovam o petista estão eleitores nordestinos (69%) e mulheres (55%). Em termos de educação, a popularidade do presidente é positiva nos grupos do ensino primário e secundário. A taxa de aprovação no grupo com ensino superior é de apenas 39%.
Por renda, Lula é aprovado pelas faixas mais baixas, que recebem até 2 salários mínimos (62%) e entre aqueles que ganham de 2 a 5 salários (51%). A faixa de maior renda desaprova o governo petista (57% de desaprovação).
Por fim, Quaest também indica que a aprovação a Lula caiu, mas continua elevada entre os católicos (54%). Os evangélicos, por sua vez, desaprovam (55%) mais do que aprovam (41%) o atual governo.
Avaliação governamental
No quesito gestão, 32% dos eleitores consideram o governo “bom ou ótimo”, enquanto 31% classificam a obra como “ruim ou péssima”. 33% avaliam o governo Lula como “regular”, reforçando a polarização na percepção do governo petista.
Comparação com Bolsonaro
A pesquisa também investigou como os eleitores comparam a gestão de Lula com a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No total, 38% indicam que o governo petista é melhor quando comparado ao do ex-capitão. Outros 33% indicam que a gestão atual é pior que a anterior. Para 22%, as duas administrações são exatamente iguais. Os índices, neste caso, pioraram desde o último levantamento.
Economia em foco
A pesquisa revelou uma preocupação crescente com a economia: 41% dos entrevistados acreditam que a situação económica piorou no último ano, enquanto 61% dizem que o poder de compra é menor em comparação com o mesmo período de 2023. Os elevados custos dos alimentos, combustíveis , e as contas de água e luz são citadas como os principais motivos de insatisfação.
Apesar das críticas, 45% dos entrevistados ainda mostram otimismo em relação ao futuro económico, prevendo uma melhoria nos próximos 12 meses. 36% mantêm uma perspectiva pessimista sobre a situação económica a médio prazo.
A pesquisa entrevistou 2 mil eleitores do país entre os dias 25 e 29 de setembro. A margem de erro geral da pesquisa é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.