O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Polícia Militar e a Polícia Civil, lançou, nesta terça-feira, 1º, o Operação Hereditasque investiga fraudes em licitações na cidade de Guarujá, litoral de São Paulo. A ação tem como foco agentes públicos suspeitos de participar dos esquemas.
A operação resultou na emissão de 26 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo Baixada Santista e capital paulista. Oficialmente, o MPSP e o Gaeco não informaram os alvos da operação. O site G1porém, confirmou que entre os alvos estão três vereadores e o candidato a prefeito do Guarujá pelo partido Novo, Claudio Fernando Aguiar. Ele é o atual CEO do Sistema ISTV.
Segundo informações preliminares, investigações realizadas pela Polícia Civil e pelo MPSP apontam indícios de fraude em processos licitatórios envolvendo a Câmara Municipal e a Prefeitura do Guarujá. Além disso, há suspeitas de que agentes públicos tenham recebido propina para facilitar essas irregularidades.
Um dos destaques da investigação é a relação entre as fraudes e uma empresa ligada a Cristiano Lopes Costa, conhecido como “Meia Folha”, identificado como líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), morto a tiros em março de 2024 A ligação levanta questões sobre a possível infiltração do crime organizado nos contratos públicos da cidade.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou a operação e informou que foram realizadas apreensões significativas, entre celulares, documentos, computadores e dinheiro, que serão analisadas no âmbito da investigação em andamento.
Reação do Novo Partido
À luz das investigações envolvendo o candidato Claudio Fernando Aguiar, o partido Novo emitiu comunicado oficial afirmando que apoia toda e qualquer investigação legítima, especialmente em casos de suspeita de fraude. No entanto, o partido sublinhou que “ser investigado não implica culpa” e que qualquer tipo de perseguição política é “inaceitável”.
O partido também manifestou preocupação com o impacto das investigações durante os períodos eleitorais, que podem ter “motivações questionáveis” e prejudicar a imagem dos candidatos. A Novo afirmou ainda que está “acompanhando de perto o andamento das investigações”.
A prefeitura do Guarujá ainda não se pronunciou sobre o caso.