Desde 2008, a Justiça Eleitoral passou a utilizar a tecnologia biométrica para identificar os eleitores. Para as Eleições Municipais de 2024, o cadastro biométrico já atingiu aproximadamente 83% do eleitorado, o que equivale a 129.198.488 eleitores. Desse total, 67.526.173 (52%) são mulheres, 61.666.032 (47%) são homens e 6.283 (menos de 1%) estão na categoria “gênero não informado”.
Em Santa Catarina, o cadastro biométrico atingiu 4.826.877 eleitores, o que equivale a 85,57% do eleitorado catarinense. No total, 2.495.093 (85,25%) são mulheres e 2.331.784 (85,92%) são homens.
A identificação biométrica torna o processo eleitoral mais seguro e reduz fraudes, pois evita que uma pessoa vote no lugar de outra, auxilia na verificação de registros duplicados no caderno eleitoral e agiliza o processo de identificação no local de votação.
É importante destacar, porém, que, nas eleições municipais deste ano, os eleitores que não possuírem biometria cadastrada na Justiça Eleitoral não ficarão impedidos de exercer o seu direito de voto. Mesmo sem a impressão digital cadastrada, é possível se identificar na hora de votar por meio de um documento oficial com foto. Esta medida visa garantir que todo o eleitorado tenha acesso ao processo eleitoral, mesmo as pessoas que não completaram o registo biométrico.
Aumento significativo
Nos últimos anos, a identificação biométrica dos eleitores avançou significativamente. Confira:
- Em 2018, com as eleições gerais, foram realizados 87.363.098 cadastros biométricos, o que na época equivalia a pouco mais de 59% do eleitorado.
- Em 2020, nas eleições municipais, esse número subiu para 117.594.975, aproximadamente 80% do total de eleitores.
- Nas Eleições Gerais de 2022, este número atingiu 118.151.926 pessoas, atingindo quase 76% do eleitorado nacional, um aumento de 17% face a 2018.
- Os estados com maior número de eleitores registrados biometricamente são Piauí (94,82%), Rondônia (94,77%) e Paraíba (94,74%).
BioEx
Alguns tribunais regionais eleitorais (TREs) participam do Projeto de Importação de Biometria de Órgãos Externos (BioEx), criado pelo TSE em 2017, por meio do qual entidades públicas parceiras da Justiça Eleitoral permitem a utilização de dados dos cidadãos – como a biometria – elegíveis para votar nas eleições deste ano. A iniciativa visa agilizar o processo de registro biométrico.
Na prática, a recolha de dados biométricos e a consequente expansão da Identificação Civil Nacional (ICN) ajudam a melhorar vários serviços. Para saber se o programa acontece no seu município, consulte o TRE do seu estado.
Ao votar
Caso o seu perfil do e-Título contenha a sua fotografia – o que só acontece caso você tenha previamente preenchido o cadastro biométrico na Justiça Eleitoral – é possível se identificar para votar bastando apresentar o requerimento.
Eleitores sem registro biométrico também poderão votar pelo e-Título, mas precisarão apresentar documento oficial com foto.
Vale lembrar que, de acordo com a Resolução TSE nº 23.736, artigo 104, inciso V, quem possui biometria não é obrigado a assinar o caderno de votação.
O registro
Para realizar o cadastro biométrico, você deve comparecer ao cartório eleitoral responsável pelo seu título (onde você vota). É possível iniciar o atendimento online através dos serviços de Autoatendimento da Justiça Eleitoral.
O serviço é gratuito, mas está suspenso até ao final das eleições deste ano, e será retomado no dia 5 de novembro, com a reabertura do recenseamento eleitoral. O prazo para coleta da biometria era 8 de maio. Conforme estabelece a Lei Eleitoral (Lei nº 9.504/1997), o recenseamento eleitoral fica encerrado durante 150 dias antes da data da votação, que este ano ocorre no dia 6 de outubro.
Para o cadastramento biométrico, a Justiça Eleitoral coletará as impressões digitais de todos os dedos da pessoa, a assinatura digitalizada e a foto, além de atualizar os dados biográficos. No dia do agendamento, você deverá trazer comprovante de endereço e documento de identificação oficial com foto.
Fonte: TSE