Novo boletim divulgado pelo Hospital Glória D’Or informa que o radialista Leonel Querino da Silva recebeu alta médica na noite desta segunda-feira, 2. Conhecido como Leonel de Esquerda e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), é candidato a vereador no Rio de Janeiro.
O radialista, agora liberado para voltar para casa, estava internado na unidade desde as 12h54 do domingo, 1º, devido a um agressão do deputado estadual Rodrigo Amorimque é candidato a prefeito da capital fluminense pela União Brasil.
O episódio aconteceu na Praça Varnhagem, na Tijuca, bairro da zona norte do Rio de Janeiro. Após o ocorrido, a equipe de Leonel de Esquerda e o PT utilizaram as redes sociais para denunciar o caso.
Mais cedo, outro boletim médico havia sido divulgado informando que ainda não havia previsão de alta. Segundo o documento, Leonel chegou ao hospital lúcido e acordado, apresentando amnésia recente.
Os exames indicaram fratura no nariz e, como ele estava desorientado, ele foi internado no Centro de Tratamento Intensivo (UTI) para acompanhamento neurológico e outros cuidados. No entanto, as tomografias computadorizadas do crânio e da coluna cervical não indicaram quaisquer alterações.
Leonel Querino da Silva Neto tem 35 anos, se declara negro e quilombola, trabalha na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) como locutor de rádio e possui licença para concorrer a cargos políticos.
Nas imagens que circularam nas redes sociais, ele aparece com ferimentos e sangue no rosto e nas costas. Um vídeo capturou o momento em que seu celular cai no chão e ele se abaixa para pegar o aparelho, quando recebe um chute no rosto.
Também nas redes sociais, o deputado estadual Rodrigo Amorim deu sua versão dos fatos. Afirmou que ia almoçar com a esposa quando foi abordado de forma desrespeitosa por Leonel de Esquerda, acusando-o de ter um histórico de insultos à honra da família.
“Tomarei todas as medidas dentro da lei para acabar de uma vez por todas com o assédio moral”, escreveu. Amorim afirmou que registrou o caso na delegacia. Nota divulgada pela equipe do deputado estadual aponta que ele foi intimidado e “agiu em legítima defesa”.
Também neste domingo, a Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que o caso estava sendo investigado. “Estão em curso esforços para esclarecer os factos”, afirmou em nota enviada ao Agência Brasil.
Procurada nesta segunda-feira, 2, a Polícia Civil não forneceu novas informações. Em nota, o PT cobrou providências do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) e classificou o episódio como um “ataque à democracia brasileira, às eleições livres e à integridade física de quem concorre ao voto popular”.