O projeto de lei que cria um regime de transição para acabar com a desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia é uma das três propostas em pauta na sessão do Senado desta quarta-feira, 14.
A proposta, do senador licenciado Efraim Filho (União-PB), foi colocada em pauta na semana passada, mas a análise não obteve êxito. O texto busca cumprir o acordo firmado entre o governo federal e o Congresso Nacional sobre a lei que prorrogou a isenção por quatro anos.
Pelo projeto, a amortização da folha de pagamento terá duração de três anos (de 2025 a 2027). O texto mantém a isenção integral em 2024 e estabelece a retomada gradual da tributação a partir de 2025, com alíquota de 5% sobre a folha de pagamento. Em 2026 serão cobrados 10% e em 2027, 20%.
Durante toda a transição, a folha de pagamento do 13º salário continuará isenta integralmente. O Senado e o governo ainda discutem como compensar essa isenção. O relator da matéria, senador Jaques Wagner (PT-BA), ainda não se manifestou.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, prorrogou até 11 de setembro o prazo para que o Legislativo e o Executivo busquem uma solução consensual sobre a desoneração da folha de pagamento.
Mesmo que os Poderes concordem em manter a isenção em 2024 e com a reoneração gradual até 2027, não há acordo sobre as fontes de compensaçãoadiou a votação.
Comida artesanal
A agenda de quarta-feira inclui ainda o projecto que regulamenta a identificação de produtos alimentares artesanais de origem vegetal.
Os alimentos artesanais, conforme projeto, deverão ser elaborados com matéria-prima de origem determinada ou produzidos na propriedade onde o item é processado. A produção deve seguir boas práticas agrícolas e de fabricação, com o objetivo de garantir alimentos seguros ao consumidor. A mercadoria final deve ser única e manter características tradicionais, culturais ou regionais.
Eleições judiciais
Da quarta à quinta e última sessão de discussão, no primeiro turno, da PEC que cria regras para eleição dos órgãos dirigentes dos tribunais de Justiça estaduais também deverá ocorrer da quarta à quinta e última sessão.
A eleição para órgãos sociais é válida para tribunais estaduais compostos por 170 ou mais juízes em efetivo exercício, o que incluiria atualmente os tribunais do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Embaixadores
Os senadores também podem votar em indicações da Presidência da República para comandar as embaixadas brasileiras no Equador, na Argélia e em São Vicente e Granadinas. Primeiro, os diplomatas precisam ser examinados e aprovados pela Comissão de Relações Exteriores, em reunião marcada para quarta-feira, às 10h.
(Com informações da Agência Senado)