O projeto de lei que institui o Programa de Pagamento Integral da Dívida dos Estados, que visa rever os prazos das dívidas dos estados e do Distrito Federal com a União, é um dos três destaques da pauta do Senado desta terça-feira, 13.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou a proposta em julho. Na justificação, afirma ter como objetivo “criar condições estruturais para aumentar a produtividade, combater as alterações climáticas, melhorar as infraestruturas, a segurança pública e a educação, nomeadamente a relacionada com a formação profissional da população”.
A adesão ao Propag estará disponível para o estado que possui dívidas com o Tesouro Nacional até 31 de dezembro de 2024. A estimativa é que as dívidas estaduais atualmente atinjam cerca de 765 bilhões de reais — a maioria, cerca de 90%, diz respeito a quatro estados: Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Não haverá desconto no valor consolidado da dívida. Ou seja: o ponto de partida é a dívida de cada estado com a União. Segundo Pacheco, trata-se de respeitar a responsabilidade fiscal. Também não será possível utilizar o Fundo de Desenvolvimento Regional – instrumento de reforma tributária – como adiantamento.
Por outro lado, o projeto prevê a possibilidade de entrega de bens para reduzir parte da dívida. Pacheco mencionou especificamente recebíveis, créditos judiciais, participações societárias em empresas (que podem ser federalizadas em favor da União) e créditos registrados em dívida ativa.
Segurança privada
O Senado também pode votar o Estatuto da Segurança Privada – em dezembro de 2023, os senadores aprovaram um pedido que desarquivou o estatuto. O projeto original partiu do ex-senador Marcelo Crivella e estabelecia apenas o salário mínimo nacional para a categoria de seguranças.
Na Câmara, o texto sofreu modificações e passou a tratar de temas como o trabalho das empresas de segurança, regras para formação de profissionais e uso de armas e outros equipamentos controlados.
Dívidas municipais
Também está em pauta a quinta e última sessão de discussão, do primeiro turno, da PEC, que reabre o prazo para os municípios parcelarem dívidas à Previdência Social e define limites para o pagamento de precatórios. São necessárias cinco sessões antes da votação no primeiro turno.
A proposta permite que os municípios parcelassem os débitos previdenciários vencidos até a data da promulgação da alteração decorrente da PEC.
Para ter direito a esse parcelamento, o município que possui sistema próprio de seguridade social deverá comprovar que foram realizadas reformas para adaptá-lo às alterações já realizadas nas pensões dos servidores sindicais. Além disso, se você deixar de pagar três parcelas consecutivas ou seis parcelas alternadas, perderá o direito ao parcelamento.
(Com informações da Agência Senado)