Kelmon Luís Souzaconhecido pelo apelido de Padre Kelmon, filiou-se ao PL, partido de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. A filiação do político foi formalizada nesta quarta-feira, 14, e é assinada pelo próprio Valdemar, atual presidente do partido.
Ao lado de Kelmon, Valdemar publicou um vídeo no qual disse que foi uma honra receber o político em sua legenda:
“Que [filiar o Padre Kelmon] Já era um trabalho antigo nosso. Quando conhecemos o Padre Kelmon, vimos quem ele era e como era, trabalhamos nisso, com a ajuda de Sóstenes [Cavalcante, ex-líder da bancada evangélica]”, relatou o bolsonarista.
Na mesma publicação, o recém-chegado ao PL agradeceu as ‘boas-vindas à nova casa’.
Bolsonaro, que é presidente do partido, não participou do evento, pois não pode ter contato com Valdemar Costa Neto por ordem judicial. Os dois são investigados por tentativa de golpe de Estado.
O ex-capitão, porém, também assinou a ficha de adesão do ‘padre’, horas antes, durante visita do ‘novo Bolsonaro’ ao ex-presidente. O encontro foi divulgado nas redes sociais. “Tenho muita satisfação em pagar pela ficha do padre Kelmon”, diz Bolsonaro em gravação.
‘Padre da festa junina’
Padre Kelmon ganhou notoriedade nas últimas eleições de 2022, quando foi escolhido pelo PTB de Roberto Jefferson como candidato ao Planalto. Terminou a eleição em 7º lugar, com apenas 0,07% dos votos.
Nos debates, protagonizou cenas pitorescas e viralizou nas redes sociais ao ser chamado de ‘padre da festa junina’ pela adversária Soraya Thronicke (União). O então candidato Lula (PT) também respondeu aos ataques de Kelmon alegando que ele estava ‘fantasiado’ de padre.
Os termos foram usados justamente porque a igreja brasileira não reconhece o título de sacerdote de Kelmon. Até 2022, foi sacerdote da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, mas foi demitido e impedido pela instituição de falar em nome da ordem ou de administrar os sacramentos.
Após a expulsão, Kelmon afirmou ser bispo da Igreja Ortodoxa Grega na América e no exterior.
‘Expulso’ por Marçal
Kelmon, como mencionado, já foi membro do PTB, mas, mais recentemente, esteve no PRTB. Optou por deixar o partido após desentendimento com Pablo Marçal, atual candidato a prefeito de São Paulo.
Kelmon, em março, anunciou sua pré-candidatura ao cargo de prefeito da capital paulista. Seu plano, porém, foi enterrado com a chegada de Marçal.