O governo federal monitora e está disposto a ajudar o governo paulista a conter os incêndios que atingem pelo menos 30 municípios do estado. A afirmação é do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que confirmou que a secretaria já trabalha para garantir que ‘ações sejam tomadas’ também na esfera federal. Marina Silva, ministra do Ambiente, também mencionou este sábado, dia 24, a possibilidade de enviar agentes para ajudar no controlo das chamas.
“Estamos trabalhando para que as medidas sejam tomadas o mais rápido possível e a situação seja resolvida”, escreveu Padilha em suas redes sociais após confirmar que o governo Lula (PT) já estaria em contato com o escritório de crise montado por Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Estamos monitorando a grave situação de incêndio no estado de São Paulo, com 30 cidades em alerta máximo, rodovias fechadas e cenários assustadores.
Toda a nossa solidariedade aos amigos e familiares dos dois bombeiros que morreram em Urupês, tentando controlar o incêndio.…
— Alexandre Padilha (@padilhando) 24 de agosto de 2024
O envio das equipes, segundo Marina Silva, depende de solicitação formal da gestão estadual, o que ainda não foi feito:
“Neste momento, temos milhares de pessoas na linha de fogo na Amazônia, no Pantanal, em diversas regiões que começam a acontecer no cerrado. Obviamente, se o governo do estado pedir ajuda dizendo que não tem condições de prevenir e combater incêndios em São Paulo, trabalharemos juntos, porque o que não queremos é destruição.“, afirmou o ministro em conversa com o site Brasil de fato neste sábado.
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil (CGE), há incêndios ativos em 30 cidades, por isso foi estabelecido alerta máximo para grandes incêndios.
“São localidades com baixa umidade do ar e que correm alto risco com a onda de calor que atinge todo o estado”, afirmou o governo do estado em nota. Existe o risco de estes incêndios serem alimentados por rajadas de vento, atingindo grandes áreas de vegetação natural, além de emitirem “fumaça densa e tóxica que prejudica o meio ambiente e a saúde humana, causando problemas no aparelho respiratório e doenças cardiovasculares”.
A fumaça se espalhou por diversas regiões do estado, e há registros de umidade relativa do ar abaixo de 20%, além de calor muito intenso – o que prejudica ainda mais a situação. Segundo o governo paulista, dois funcionários de uma fábrica em Urupês morreram tentando combater um incêndio.
Alguns grandes incêndios levaram o governo local a fechar algumas rodovias, o que acabou impactando “significativamente” o trânsito em diversas regiões. Foram emitidos alertas sugerindo que os motoristas evitassem alguns trajetos e se atualizassem constantemente sobre as condições do trânsito no trajeto, antes de pegar a estrada.
“A principal recomendação é evitar cruzar áreas com cortinas de fumaça e fogo. Caso isso não seja possível, reduza a velocidade, mantenha os faróis baixos acesos e mantenha distância segura do veículo da frente”, diz a nota do governo paulista.
Os municípios em alerta máximo para incêndios são:
- Alumínio;
- Araraquara;
- Bernardino de Campos;
- Boa Esperança do Sul;
- Dourado;
- Iacanga;
- Itápolis;
- Itirapina;
- Jaú;
- Lucélia;
- Monte Alegre do Sul;
- Monte Azul Paulista;
- Nova Granada;
- Piracicaba;
- Pirapora do Bom Jesus;
- Pitangueiras;
- Poloni;
- Pompéia;
- Pontal;
- Presidente Epitácio;
- Sabino;
- Salmoura;
- Santo Antônio da Alegria;
- Santo Antônio do Arancanguá;
- São Bernardo do Campo;
- São Simão;
- Sertãozinho;
- Taquarituba;
- Torrinha;
- e Ubarana.
(Com informações da Agência Brasil)